A Secretaria Estadual de Saúde (SES) vai sugerir aos municípios a extensão do horário de funcionamento de postos de vacinação, para facilitar especialmente a imunização do grupo de adultos jovens. Este foi um dos encaminhamentos discutidos na reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento da Gripe A (H1N1), realizada hoje (26 de abril), que também decidiu pela atualização dos protocolos de atendimento aos pacientes com suspeita da doença.
Para a secretária estadual da saúde em exercício, Arita Bergmann, as ações de prevenção e de reforço da assistência são centrais na preparação da rede de atenção à saúde do Estado para o inverno. A chefe da Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Marilina Bercini, lembrou que, além da estratégia de vacinação que já imunizou mais de 2 milhões de gaúchos, medidas simples como lavar as mãos com frequência são muito importantes:
- Nós estamos realizando a campanha "Lave as Mãos" para as medidas de prevenção não caírem no esquecimento -, afirmou, ao mencionar a campanha da SES em que mãos pintadas representam monstros e animais predadores. Cada uma das 19 Coordenadorias Regionais de Saúde recebe 500 cartazes para distribuir aos municípios.
Marilina apresentou um balanço da vacinação no Estado, que ultrapassou a meta de 80% nos grupos das crianças, dos indígenas aldeados e dos profissionais de saúde. Metade da população estimada dos adultos saudáveis de 20 a 29 anos já foi vacinada, mas é fundamental que aqueles que ainda não receberam a sua dose procurem os postos até o final da campanha, visto que este foi o grupo que mais adoeceu em 2009. Para auxiliar na imunização deste grupo, o Comitê vai sugerir aos gestores municipais ações como a extensão do horário de funcionamento de alguns postos.
Outras medidas discutidas na reunião são a revisão e a ampla divulgação dos protocolos de atendimento, investigação e monitoramento de casos suspeitos e a capacitação dos profissionais da área da saúde por região, em parceria com as sociedades científicas, universidades e hospitais.
Até hoje, desde janeiro de 2010, o RS notificou 157 casos suspeitos da doença, mas nenhum foi confirmado laboratorialmente.