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Testes em humanos de droga que destrói células de gordura deve ocorrer ainda este ano
 
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30/04/2010

Testes em humanos de droga que destrói células de gordura deve ocorrer ainda este ano

Em teoria, a pessoa poderia comer o que quisesse e emagrecer com a técnica. Mas parando a administração da droga, o peso retorna

Até o final do ano deve começar o teste em humanos de uma droga que busca e destrói células de gordura no corpo. O mesmo processo já é testado com sucesso desde maio de 2009 para combater o câncer de próstata.

“Em teoria, a pessoa poderia comer o que quisesse e emagrecer com a técnica. Mas parando a administração da droga, o peso retorna. Portanto, a mudança de estilo de vida e hábitos alimentares seria necessária para a manutenção do efeito”, conta a pesquisadora brasileira Renata Pasqualini.

Nos estudos feitos desde 2002, por Pasqualini e seu marido Wadih Arap, líderes do Centro de Câncer M.D.Anderson, na Universidade do Texas, em camundongos, ratos e macacos obesos, em 28 dias, a droga elimina de 10 a 30%, depende do peso inicial. Para explicar melhor sua pesquisa, eles estiveram no Brasil durante o A.C.Camargo Global Meeting.

Os cientistas já obtiveram a permissão do FDA (Food and Drug Administration) para fazer o teste em pessoas. Agora, eles só aguardam o FDA dizer quando eles podem começar.

“A pesquisa está avançada, mas ela só deve estar disponível para o público em geral daqui há uns 15, 20 anos”, ressalta o médico Ricardo Brentani, presidente da Fundação Antônio Prudente que promove o evento.

Segundo a médica, não se sabe ainda qual será o método final de uso do remédio. “Sua utilidade pode variar para cada tipo de paciente, ultraobeso, pouco obeso, ou só acima do peso normal. E ele pode não ser indicado para qualquer pessoa dependendo do perfil de segurança em humanos, que vamos investigar quando começarmos os estudos clínicos”.

A pesquisa

O primeiro passo na pesquisa, que começou em 1996, foi analisar um vírus bacteriófago que só infectava um tipo específico de bactéria. Se eles sabiam exatamente qual célula atacar, esta técnica também poderia ser utilizada para chegar a outros tecidos.

Em 1.999, eles começaram a buscar em humanos estas moléculas que indicavam, como eles chamaram, o CEP da célula. “Os CEPs são específicos, são os vasos nutrindo cada tecido e são diferentes para cada um”, explica Pasqualini.

Assim, eles conseguiram gerar quimicamente em laboratório o “ligante”, um fragmento pequeno de proteína, que seria o carteiro que busca o CEP das células. Junto ao ligante vai uma granada, que é internalizada pela célula até a mitocôndria. Esta organela é responsável pela respiração e geração de energia, e quando é destruída, causa a morte celular.

“Quando a célula morre, o ligante é degradado e a granada é excretada pelos rins”, afirma a pesquisadora. Além disso, a destruição do tecido é gradual e são administradas drogas para evitar infecções e outros problemas.

O laboratório no MD Anderson é especializado em câncer do aparelho geniturinário, então, o protocolo foi concebido para o câncer de próstata, mas a droga “parece efetiva em modelos pré-clínicos em vários tipos de câncer”, lembra a médica.

“A granada pode ser mandada a qualquer tecido desde que se conheça o CEP. Temos, então, CEPs em câncer e em gordura, e muitas outras doenças”.

Pacientes obesos têm maior chance de reincidência após cirurgia, e também prognóstico pior em alguns tipos de câncer. Por isso, o estudo do casal também abarca o combate à obesidade.

 

 


Autor: Lilian Ferreira
Fonte: Uol Ciência e Saúde

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