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Contraceptivos hormonais foram associados com maior risco de disfunções sexuais femininas em estudo
 
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04/05/2010

Contraceptivos hormonais foram associados com maior risco de disfunções sexuais femininas em estudo

Pesquisa publicada nesta semana no The Journal of Sexual Medicine

Mulheres que usaram contraceptivos hormonais não-oral e oral apresentaram maior risco de disfunções sexuais femininas, de acordo com um estudo com mulheres alemãs estudantes de medicina publicado nesta semana (04.05) no The Journal of Sexual Medicine. Curiosamente, as mulheres que usaram contraceptivos não-hormonais apresentaram menores riscos para as disfunções sexuais femininas, mais que as mulheres que não utilizam qualquer contraceptivo.

"Os problemas sexuais podem ter um impacto negativo sobre a qualidade de vida e bem-estar emocional, independentemente da idade", disse a pesquisadora Dr. Lisa-Maria Wallwiener, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. A disfunção sexual feminina é uma patologia muito comum, com uma prevalência estimada em cerca de duas de cada cinco mulheres com pelo menos uma disfunção sexual, a queixa mais comum parece ser o desejo rebaixado".

"As causas da disfunção sexual feminina são multifuncionais e, nos últimos anos, o possível papel da contracepção hormonal tem sido discutido", disseram outros co-participantes da pesquisa Drs. Christian e Wallwiener Markus, da Universidade de Tuebingen, na Alemanha. "As mulheres tendem a estar cientes de que a disfunção sexual é freqüentemente influenciada por vários fatores, como estresse e relacionamentos, mas nosso estudo demonstrou que também pode ser influenciada pelo uso de hormônios exógenos".

Foram incluídas no estudo 1.086 mulheres (cerca de 2,5% do total da população estudantil feminina de médicas na Alemanha), que completaram questionários para identificar problemas com a função sexual, bem como outros fatores relacionados ao estilo de vida, incluindo o desejo de ter filhos, gravidez e se eram fumantes. Do total, 87,4% usaram contraceptivos nos últimos seis meses, e 97,3% foram sexualmente ativas nas últimas quatro semanas.

Para analisar o efeito da contracepção sobre a função sexual, as mulheres que usam múltiplas formas de contracepção ou que não foram sexualmente ativas nas últimas quatro semanas foram excluídas, permanecendo 1.046 participantes. Desse total, 32,4% foram consideradas com risco de disfunções sexuais femininas: 5,8% com alto risco de distúrbio do desejo sexual hipoativo, 1%, de transtorno de excitação; 1,2%, de lubrificação diminuída; 8,7% de transtorno do orgasmo; 2,6% de problemas de satisfação; e 1,1 % de dor.

As participantes foram divididas em quatro subgrupos de contracepção: hormonais orais (OC), hormonais não orais (NOHC), não hormonais (NHC) e não contracepção (NC). O grupo com menor risco para as disfunções sexuais femininas (pontuação mais alta na função sexual) foi o NHC (31,0), seguido pelo NC (29,5) e OC (28,3), tendo o grupo NOHC (27,4) apresentado o maior risco. Para o desejo e excitação, tanto o grupo OC como o NOHC apresentaram maiores riscos.

O método de contracepção e tabagismo foram fatores importantes para a pontuação total da função sexual, as participantes fumantes apresentaram pontuação maior que as não-fumantes. Outros fatores como idade, gravidez, desejo de ter filhos e o tipo de parceria não foram significativos. As mulheres em uma união não estável (independentemente do uso de contraceptivos) apresentaram maior desejo, mas escores menores para o orgasmo.

"Em pesquisas futuras, seria interessante observar se há uma diferença entre a dose do estrogênio e da progesterona sintéticos usados em diversos contraceptivos hormonais em termos de impacto sobre a função sexual feminina", acrescentou o pesquisador Dr. Harald Seeger, também da Universidade de Tuebingen, na Alemanha. "Gostaríamos também de pedir alguma cautela na interpretação dos resultados desse estudo e gostaríamos de salientar que esse tipo de estudo não pode demonstrar causalidade, mas, sim, associação, pois pode existir uma multiplicidade de fatores que possui impacto sobre a função sexual feminina".

"Essa é uma pesquisa muito importante", declarou o Dr. Irwin Goldstein, editor-chefe do Journal of Sexual Medicine. "Há centenas de milhões de mulheres, em particular as mulheres jovens no início da vida sexual, que utilizam regularmente contracepção hormonal há muitos anos. A ironia é que a essas mulheres são fornecidos medicamentos que permitem a liberdade referente às preocupações sobre a reprodução, mas a essas mesmas mulheres não são fornecidas informações significativas sobre os efeitos sexuais adversos que podem surgir”.

"Os agentes que interferem com o ambiente hormonal da mulher podem afetar negativamente na sua vida sexual".

 Tradução: Equipe SIS.Saúde


Autor: Redação
Fonte: EurekaAlert. Disponível em: http://www.eurekalert.org

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