Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que apesar de quase todos os municípios do país possuírem programas socioassistenciais, a oferta de serviços de acolhimento de crianças, adolescentes e idosos, de população de rua e de mulheres vítimas de violência é baixa.

Segundo o Instituto, em 2009, 98,6% dos municípios declararam realizar serviços de assistência social; em 2005, eram 96,3%. O crescimento foi maior na região Sul. Lá, o índice passou de 93,9% para 99,2%.

O acolhimento de crianças e adolescentes (abrigos) é oferecido em cerca de um quarto das cidades brasileiras (24,5%), enquanto o acolhimento de idosos ocorre em 20,6% dos municípios. O percentual de cidades que oferecem abrigo para a população de rua corresponde a 5,2%.

Mulheres vítimas de violência doméstica têm uma oferta de acolhimento extremamente restrita: apenas 2,7% dos municípios do país dão o suporte, ou seja, 130 cidades. Três unidades federativas não possuem abrigos institucionais para mulheres: Roraima, Amapá e Distrito Federal. Mesmo com a ausência do Distrito Federal, a região Centro-Oeste foi a que registrou maior percentual de municípios com abrigos voltados para esse fim, seguida pelo Sudeste, onde 3,1% das cidades contam com o serviço.

As informações fazem parte do suplemento de Assistência Social da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC 2009), realizado pelo IBGE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.