Nos últimos sete anos, o setor médico-hospitalar dobrou o volume de exportações, elevando o patamar de US$ 200 milhões para mais de US$ 500 milhões comercializados no exterior. Para 2010, a meta é alcançar US$ 650 milhões, registrando um crescimento de 17% nas vendas internacionais. Somado à evolução tecnológica, a indústria contará com um incentivo extra para avançar em novos destinos: R$ 14,7 milhões em ações de marketing. Os recursos serão aplicados por meio de acordo assinado entre a Associação Brasileira das Indústrias de Artigos e Equipamentos Médico-Hospitalares e Odontológicos (ABIMO) e a Agência brasileira de promoção de exportação e investimentos (Apex-Brasil).
O convênio contempla a execução do Projeto Setorial Integrado (PSI), que chega à quarta edição com 150 empresas exportadoras. “Somos um setor pequeno, com a ousadia de ser grande. Queríamos fazer parte das políticas estratégicas do governo e hoje fazemos”, disse o presidente da ABIMO, Franco Pallamolla. De acordo com o plano da entidade, estão previstas missões comerciais para Arábia Saudita, Irã, além de workshops no México e ações inéditas na China.
Segundo o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, a expansão de um setor está relacionada à sua capacidade de exibir um produto. Como exemplo, destacou a Feira Hospitalar, realizada em São Paulo, como um das principais vitrines da indústria para o mundo. “Cada vez mais nossas empresas se tornam multinacionais e oferecem uma grande gama de produtos e novidades para mais de 150 países que compram do Brasil. Este é um setor que além de gerar empregos, gera muito conhecimento e a feira Hospitalar é o exemplo do sucesso. Feiras de negócios são indispensáveis para o setor e para a expansão da indústria”.
O Convênio
* Ações:
- Estão previstas participações em feiras, missões e visitas a clientes no exterior;
- Organização de rodadas internacionais de negócios no Brasil;
- Orientação às empresas para adaptar produtos, embalagens, obter certificações internacionais, entre outros.
* Histórico:
Criado para fomentar as exportações nacionais, o acordo contribuiu para elevar em 40% o saldo das vendas externas da indústria médico-hospitalar, que saltou de US$ 222,6 milhões para US$ 581 milhões, entre 2003 e 2009. Segundo a ABIMO, 82 empresas aderiram ao programa em 2002, sendo que 50% nunca haviam exportado. Hoje, o projeto reúne 150 companhias, das quais 80% já apresentam experiência no comércio exterior.