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Saiba quais são os casos mais indicados para tratar lesões com a crioterapia ou a termoterapia
 
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14/06/2010

Saiba quais são os casos mais indicados para tratar lesões com a crioterapia ou a termoterapia

Técnicas usam gelo ou procedimentos à base de altas temperaturas. Especialistas orientam pacientes sobre riscos

Fim de semana com sol e céu aberto. O cenário, inspirador para atletas de fim de semana, é tentador para atividades esportivas, como uma corrida no parque ou uma partida de futebol. Aparentemente nada mal, a não ser pela falta de hábito de muitas pessoas. Como consequência, o dia, que tinha tudo para acabar bem, pode dar lugar ao incômodo das distensões ou edemas. E é nessas horas que muitos se confundem quanto ao melhor tratamento: o uso de gelo ou de água quente?

De acordo com a fisioterapeuta Giselli Cruz, é comum as pessoas se confundirem quanto ao tratamento mais indicado quando ocorre uma lesão. “Os pacientes costumam agir por indução, e, muitas vezes, podem comprometer a reabilitação. Já vi pessoas que trataram um problema muscular com gelo no lugar de água quente e, em vez de provocar um relaxamento na região, acabou causando uma tensão”, lembra.

Ela explica que, apesar da recomendação médica variar de acordo com o grau da contusão, determinados casos podem ser orientados baseados em crioterapia, que é a utilização do gelo para tratar patologias, ou termoterapia, que faz uso de calor — e às vezes até dos dois. “O uso de calor é sugerido para o relaxamento de retenção muscular. Por isso é indicado para pós-operatórios, pois ajuda a ganhar mobilidade”, diz.

Ao recorrer aos recursos da termoterapia, o paciente pode utilizar dois tipos de calor: o superficial ou o profundo. “O calor superficial é obtido por meio de compressas, bolsas e imersões em água quente. Já o tratamento com calor profundo necessita de aparelhos específicos que emitem ondas (ondas curtas ou micro-ondas) que penetram na pele e atingem camadas mais internas, por isso exige o acompanhamento constante de um profissional habilitado”, explica, lembrando que quem utiliza placas metálicas ou tem parafusos pelo corpo não pode ser submetido a esse último método.

Também é importante alertar que em alguns casos não é recomendável recorrer a soluções baseadas em terapias com calor. Uma delas é a que o paciente está com a área afetada com sensibilidade diminuída ou sob efeito de anestesia. “Muitas vezes, a pessoa pode não sentir o calor e acabar se queimando”, aponta a fisioterapeuta Silmara Carvalho, da Fisiotrauma.

Ela adverte que tanto os métodos de aplicação do calor como do gelo devem ser utilizados como parte de um tratamento e não como única forma de aliviar os sintomas. Por isso, são medidas importantes a orientação de um profissional qualificado e a consulta médica para que o diagnóstico seja estabelecido e o tratamento orientado.

Temperaturas muito altas também podem piorar a compressão da raiz nervosa de pessoas que sofrem com hérnias de discos, já que favorecem o aumento da circulação local. Para esses casos, é recomendável a utilização de calor superficial, como bolsas de água quente, que ajudam a aliviar as tensões musculares, melhorando a dor, sem alterar a condição patológica do paciente. O uso de compressas quentes, por exemplo, é indicado para pessoas que sofreram alguma contratura, com o intuito de relaxar a musculatura da região afetada.

A imersão em água quente, com temperatura entre 40°C e 45°C, é indicado para pessoas que sofreram lesões em regiões com articulação, como mão, pé, punho e tornozelo. “Na fase aguda de uma lesão, o uso do gelo é mais indicado. Já na fase crônica, a água quente é sugerida”, aponta o ortopedista Ricardo Cury, calculando que a imersão deve ser feita por um período de até 20 minutos em intervalos de duas horas.

Muito antes de Cristo

Já o uso de terapias que usam baixas temperatura, ou crioterapia, é mais antigo e remonta ao período bem antes de Cristo. A aplicação de gelo é a primeira atitude que as pessoas tomam em caso de lesões e, segundo especialistas, é a melhor forma de diminuir o fluxo sanguíneo na área afetada. Isso porque, numa lesão muscular, os vasos que passam pela região afetada se rompem e há um extravasamento de sangue – o que causa o hematoma, a dor e a perda da função do músculo.

“A aplicação de baixas temperaturas ajuda a diminuir a dor e a espasticidade muscular, facilitando assim a movimentação da articulação afetada. O frio diminui o calibre do vaso sanguíneo e ajuda a reduzir o inchaço”, explica Cury. “De maneira geral, o gelo melhora a dor, diminui o edema e o hematoma e reduz o processo inflamatório”, completa o diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, Moisés Cohen.

Apesar de ter um bom histórico de prática de exercícios físicos, o servidor público Santiago Petrillo, de 39 anos, acabou contraindo uma inflamação na tendinite patelar no joelho esquerdo, tipo de lesão muito comum de quem pratica corrida. “Depois de ficar seis meses parado, resolvi voltar a correr, então comecei a sentir a dor. Demorei umas duas semanas até procurar um especialista que me indicasse o melhor tratamento”, conta. Na fisioterapia, ele recorre ao uso de aparelhos como ultrassom e laser para diminuir a inflamação e exercícios específicos para reforçar a musculatura, além da aplicação de bolsa de gelo sempre no fim de cada sessão.

Contraste de temperaturas

O uso de terapias baseadas em aplicação de calor, com água quente, por exemplo, ou com gelo (ou vice-versa), é indicado para edemas crônicos e grandes inchações. Isso porque os vasos sanguíneos dilatam quando é aplicado calor e estreitam com a chegada do frio. Essa mudança nos vasos sanguíneos estimula a circulação. Com o aumento de volume de sangue, mais oxigênio e nutrientes são levados até a área afetada, acelerando a remoção de toxinas e acentuando o processo de cura.


Autor: Fernado Braga
Fonte: Correio Braziliense

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