Estudo a ser publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria versa sobre temáticas distintas: a publicidade e propaganda com a dependência química. Segundo os autores, que são especialistas na área de psiquiatria, foi por meio de resultados e observações de experimentos psicológicos é que foram sendo desenvolvidos subsídios para uma propaganda capaz de modificar comportamentos. Assim, a influência do meio adquire parcela importante na tomada de decisão das pessoas, inclusive no comportamento aditivo (PINSKY e EL-JUNDI, 2008).

 

Os autores justificam o interesse pela temática do estudo não somente em decorrência de sua relevância no campo da saúde pública, também sob o ponto de vista ético. Além disso, os dados servem como subsídio para a adoção de medidas que visem à diminuição das estatísticas de dependência química e problemas correlatos (acidentes, violência, doenças sexualmente transmissíveis, entre outras).

 

Nesse sentido, por meio de uma avaliação de diversas bases de dados internacionais, em uma amplitude de 18 anos, a pesquisa buscou averiguar as implicações da publicidade no consumo da bebida alcoólica por jovens. Após análise das publicações, selecionou-se mais de 100 estudos, com delineamentos variados (descritivos, com consumidores e econométricos, que são os que avaliam a relação “quantidade de propaganda de álcool x nível total de consumo de bebida alcoólica”).

 

Por fim, os pesquisadores concluem com a pesquisa que, de fato, a publicidade exerce influência nas expectativas de uso em relação ao álcool, tal qual aconteceu com o cigarro, ilustrado nas telas de Hollywood, que transmitiam uma imagem de poder e sedução. Os autores sugerem que o jovem é, muitas vezes, alvo preferencial da publicidade do álcool, que costuma ser erotizada, atraente e divertida.

 

Assim, cria-se uma correspondência positiva entre o consumo de substâncias e a memória da pessoa, o que acaba acarretando em um consumo precoce e em maior intensidade. Leia o texto completo clicando aqui.