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Vacina contra o HPV
 
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18/06/2010

Vacina contra o HPV

Ação previne câncer do colo de útero

O câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. A afirmação é da introdução do trabalho “Estudo da incidência de câncer de colo de útero nas regiões da grande Florianópolis e sul do estado de Santa Catarina e análise da metologia utilizada para a realização do exame”, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 18 mil brasileiras desenvolverão a doença em 2010.

Entre os diversos fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença, como higienização inadequada da genitália, tabagismo e uso prolongado de contraceptivos orais, o vírus do papiloma humano (HPV, sigla em inglês) é um dos mais preocupantes, devido à sua vasta propagação. Segundo o Inca, estudos apontam que 50 a 80% das mulheres no mundo inteiro irão contrair o vírus em algum momento de suas vidas, ainda que o contágio seja passageiro e sem maiores efeitos sobre a vida do hospedeiro.

Contudo, contrair o HPV não é o bastante para desenvolver o câncer. Aliado a outros fatores, estima-se que 2% das pessoas que contraem o papilomavírus chegam a apresentar a doença no colo do útero. É o que diz o ginecologista oncológico, Etelvino Tindade, presidente da Comissão Nacional de Ginecologia Oncológica da Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Segundo ele o vírus do HPV pertence a uma família que infecta epitélios. “Na infecção ele pode causar efeito proliferativo das células, promovendo tumoração chamada condiloma acuminado, ou pode integrar o genoma da célula, isto é, ser incluído no DNA da célula hospedeira e, nesse caso pode ser carcinogênico, pois pode desregular a proliferação das células.”, explica.

Vacinação

Devido à possibilidade, ainda que pouco frequente, do HPV desenvolver o câncer de colo de útero, a vacina contra o vírus é considerada uma importante aliada também no combate à neoplasia. Eficaz contra as principais formas de HPV responsáveis pelo câncer, a imunização promete diminuir consideravelmente as chances de meninas e adolescentes contraírem as duas doenças, diz Trindade. Ele explica que há dois tipos de vacinas: a bivalente e a quadrivalente, ambas com três doses a serem tomadas em intervalos diferentes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a vacina quadrivalente para mulheres dos nove aos 26 anos de idade, e a bivalente para mulheres dos dez aos 25 anos. De acordo com o proctologista, Sidney Nadal, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, alguns pequenos efeitos colaterais, como inchaço no local e mal estar costumam aparecer. O tratamento, porém, se mostra muito eficaz: “ambas as vacinas têm poder imunogênico muito elevado, ou seja, a vacina promove a formação de anticorpos anti-HPV de modo mais eficaz que a própria infecção viral”, diz Nadal.

Também para homens

Os homens também são suscetíveis ao contágio do HPV e, por isso, existem alguns especialistas que sugerem que a vacinação também seja implantada para eles. O proctologista Nadal explica que ainda estão sendo realizados estudos para se definir a real importância da imunização em pacientes do sexo masculino. Ele acrescenta que em alguns países a vacinação para homens já é uma realidade e explica por que ela ainda não é uma unanimidade. “Em primeiro lugar, a mulher, sendo a maior vítima do câncer HPV induzido, foi pesquisada e testada antes dos homens. Portanto, os resultados primeiramente publicados se referiram às mulheres. Em segundo lugar, houve o problema dos resultados na população masculina testada não serem tão animadores como os das mulheres”. Ainda assim, ele diz que a vacinação em homens também tem se mostrado eficaz.

O ginecologista Etelvino Trindade completa explicando que, além do HPV, outras doenças são geralmente associadas ao câncer de colo de útero. Entre algumas infecções bacterianas, a herpes genital e o HIV são considerados favorecedores da doença.


Autor: Redação
Fonte: Medic Suply

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