Pacientes com câncer de mama sofrem muito durante o tratamento quimioterápico. A quimioterapia causa muitos efeitos colaterais, tais como: vômito, tonturas, anemia e queda de cabelo. Estes efeitos secundários ocorrem porque as medicações também atacam as células saudáveis.
A grande solução seria se os medicamentos atacassem apenas as células tumorais. Por isso, os cientistas da Brown University acreditam ter esta solução. Eles criaram uma nanopartícula gêmea que ataca unicamente a célula tumoral, a Her-2-positive, presente em 30% dos casos de câncer de mama.
“É como um míssil, não queremos que os fármacos anticâncer destruam tudo, apenas o alvo determinado”, explicou a Dra. Shoheng, professora de química da Universidade.
Os pesquisadores criaram as nanopartículas gêmeas através de ligação entre ouro (Au) e óxido de ferro (Fe3O4). Na extremidade do óxido de ferro, eles anexaram um anticorpo sintético. Já na outra extremidade, eles anexaram uma cisplatina. Todos esses compostos reunidos funcionam como um automóvel guiado por GPS.
A anexação do anticorpo é imprescindível, porque este se liga ao antígeno (uma proteína localizada na superfície sobre as células malignas). Quando essa anexação ocorre, a cisplatina é deixada para combater as células malignas.
Em testes de laboratório, as nanopartículas destruíram as células cancerígenas em 80% dos casos. “Não temos mais um Honda Civic, agora temos uma Merces Benz”, brincou um dos especialistas.