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Alta no preço de remédios e bebidas puxa aumento no ICVM
 
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02/07/2010

Alta no preço de remédios e bebidas puxa aumento no ICVM

Pesquisa da Fecomercio também mostra que os grupos Alimentação e Educação permaneceram estáveis

A elevação do custo de vida em São Paulo foi pequena em relação ao mês anterior, conforme aponta o Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM). Elaborado em parceria pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) e a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), o índice apresentou variação de 0,23% na comparação com abril, acumulando alta de 2,62% no ano (janeiro a maio) e 4,68% nos últimos doze meses (junho de 2009 a maio de 2010).

Cuidar da saúde ficou mais caro para o paulistano. Com reajuste médio dos preços dos remédios de 1,82% em maio, esta categoria do ICVM acumula incremento de 3,18% no ano e de 4,39% nos últimos doze meses. Os consumidores que pagam planos de saúde tiveram que desembolsar, em média, 0,79% a mais do que no mês anterior. Os preços dos tratamentos dentários não foram exceção e subiram, em média, 1,52% este mês. No geral, o grupo Saúde apresentou alta de 1,08%. Segundo o assessor econômico da Fecomercio, Gilson Garófalo, o reajuste nesta área ainda é reflexo de decisão tomada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (órgão do governo federal que controla o reajuste de preços no setor). “No primeiro trimestre, eles aprovaram um aumento de até 4,6% nos preços desses itens”, explica.

Outro destaque fica por conta da retomada no grupo Despesas Pessoais, motivados pelo encarecimento nos preços dos refrigerantes (0,41%) e da cerveja (1,32%) que passaram a ter maior demanda de consumo com a aproximação dos jogos da Copa do Mundo. Garófalo destaca que o aumento dos gastos das mulheres com cosméticos e tratamentos de beleza foi outro importante fator detectado este mês. “Em média, elas gastaram 1,29% a mais com cabeleireiro, 0,73% com perfume, 0,89% com creme de beleza, 1,98% com batom e 1,28% com tintura para cabelo”, aponta. A elevação do grupo foi abrandada pelos setores de recreação, cultura e higiene, que tiveram retração de 0,03%, 0,03% e 0,34%, respectivamente. Assim, o item Despesas Pessoais encerrou maio com leve alta de 0,23%.

Os preços dos itens que compõem o grupo Habitação tiveram variação média de 0,20%. A categoria responsável por alavancar este grupo foi a de serviços domésticos e conservação com incremento 0,70%. Segundo Garófalo, “esta taxa de variação foi formada, principalmente, pelos índices de 0,65% do condomínio, 0,59% do serviço doméstico e 0,90% do reparo no domicílio, com realce para o cimento que ficou 2,54% mais caro.”

A categoria Transportes registrou leve alta de 0,11% em maio e já acumula crescimento de 2,44% no ano. Para Garófalo, o aumento é justificado pela elevação nos preços dos carros novos (1,14%) e nos valores cobrados por estacionamentos (1,41%), o que fez os paulistanos gastarem mais em maio, mesmo descontando a queda de 6,67% no preço do etanol (acumulado de -13,81% no ano). A proporcionalidade do etanol frente à gasolina continua em ritmo descendente e desde o início deste ano, as taxas foram de 72,85% em janeiro à 56,52% em maio. “Como referência, a menor taxa em 2009, que beneficia o biocombustível em relação ao combustível fóssil, foi em junho com 48,95%”, pondera o economista.

Seguindo a sazonalidade de alta dos preços do segundo trimestre do ano, os itens do grupo Vestuário registraram aumento médio de 0,53% em maio. O setor das confecções e calçados soma 0,75% no ano e 1,83% nos últimos doze meses. As variações das roupas feminina, masculina e infantil foram, na ordem, -0,14%, 0,66% e 0,39%. Os subgrupos Calçados e acessórios de vestuário com variação de 1,30%, Relógio, joia e bijuteria com 1,16% e tecido, lã e aviamento com 0,69% complementam este grupo de despesas.

Já o grupo Alimentação que teve alta de 0,93% em abril último, neste mês apresentou diminuta queda de 0,01%. Os acumulados para este grupo de despesas no ano e nos últimos doze meses são, respectivamente, 5,12% e 6,26%. As principais contribuições positivas vieram com as categorias derivados do leite com 1,19%, derivados da carne com 1,53% e biscoito e salgadinhos com 1,93%. As contribuições de queda vieram com os produtos óleo de soja com -1,28% e açúcar com -5,88%.

Os gastos com Educação permaneceram praticamente estáveis, sofrendo variação mínima de 0,02% em relação ao mês anterior. No ano, o indicador acumula alta de 5,01% e, nos últimos 12 meses, de 5,48%. “A variação nos preços médios deste setor se dão, quase totalmente, no começo do ano, quando os alunos são matriculados e precisam comprar os novos materiais para o ano letivo”, explica Garófalo. “Nos próximos meses, os custos de educação devem continuar apresentando pouca variação”, coloca.

Garófalo conclui que não há indícios irrefutáveis de descontrole inflacionário generalizado. “Ao contrário, os preços estão crescendo dentro da meta de inflação determinada pelo Banco Central do Brasil.”

Peso no índice Geral - O ICVM, que abrange os consumidores com renda entre 5 e 15 salários mínimos base paulista, é composto por sete itens: Habitação (com peso de 32,4% na composição do índice), Transportes (18,2%), Alimentação (17,8%), Despesas Pessoais (12,2%), Saúde (8%), Educação (6%) e Vestuário (5,4%).

Nota Metodológica- O cálculo do ICVM elaborado em parceria Fecomercio/OEB válido para o município de São Paulo, tem a estrutura de ponde­ração baseada na Pesquisa de Orçamentos Familiares de 1998/1999, efetuada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE. A metodologia compara os preços médios do mês atual com os preços médios do mês imediatamente anterior. Portanto, é importante ressaltar o fato do ICVM não retratar a variação de preços do primeiro ao último dia do mês.

Perfil- A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 152 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias e respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.


Autor: Redação
Fonte: Portal Fator Brasil

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