Para combater os efeitos tóxicos da melamina, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu nesta terça-feira (6) os limites de melamina nos alimentos líquidos e nos produtos sólidos.
A melamina é um composto de resina usado na fabricação de plásticos. No fim de 2008, leite contaminado com melamina provocou a morte de seis crianças na China e intoxicou ao redor de 300 mil pessoas. Essa catástrofe, seguindo Jorgen Schlundt, diretor do departamento de Segurança Alimentícia da OMS, acelerou o acordo.
As taxas de melamina estabelecida foram de 1mg/kg para os alimentos líquidos e 2,5 mg/kg para os sólidos.
A decisão foi tomada nesta quinta por unanimidade entre os analistas da OMS, que se reúnem até a próxima sexta-feira (9), em Genebra, durante a sessão anual do Comitê do Codex Alimentarius, criado para regulamentar o setor de alimentação.
De acordo com a diretora de Nutrição e Consumo da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), Ezzeddine Boutrif, o corpo humano pode tolerar limites de melamina abaixo do estabelecido, mas nunca superiores.
- Agora cabe aos países colocar em prática estes limites.
Medidas higiênicas também estão em foco
Em 2010, o comitê Codex focaliza, além da melamina, as medidas higiênicas para manter frescos os vegetais.
Sobre esse assunto, Schlundt destacou que as microbactérias, "às vezes indefectíveis nos alimentos", são as que mais põem em risco a saúde humana.
- Não sabemos com exatidão o número de mortes provocadas por alimentos em mau estado, mas estimamos que um terço da população mundial sofre por esta razão.
O Codex estabeleceu um manual com as normas básicas para manter os vegetais frescos, alertando, principalmente para o uso de água não contaminada.