
Em testes com 15 jovens que tinham sido, recentemente, rejeitados por seu amor, os pesquisadores observaram que, apesar da rejeição, os participantes permaneciam intensamente apaixonados, e, em alguns momentos, sua atividade cerebral ficava maior em áreas ligadas ao vício em drogas.
De acordo com os pesquisadores, quando viam fotografias dos ex-parceiros, os participantes apresentavam maior atividade cerebral em áreas como as envolvidas na motivação, na recompensa e no amor romântico; na necessidade e no vício - especificamente, o sistema dopaminérgico, evidente no vício da cocaína -; e regiões associadas à dor física e à angústia. O envolvimento dessas áreas cerebrais, segundo os especialistas, “poderia explicar por que os rompimentos podem ser tão dolorosos e difíceis de superar”.
“O amor romântico, em circunstâncias felizes ou infelizes, pode ser um vício ‘natural’. Nossos resultados sugerem que a dor de uma rejeição no amor pode ser uma parte necessária da vida que a natureza desenvolveu em nossa anatomia e fisiologia”, concluiu a pesquisadora Lucy Brown.