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Moléculas de adenosina
 
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16/07/2010

Moléculas de adenosina

Célula cerebral 'esquecida' produz substância que dá a sensação de sono

Agradeça aos astrócitos na próxima vez em que se sentir sonolento. Esse grupo de células cerebrais, que executam tarefas de manutenção fisiológica, também podem ser responsáveis por controlar quando dormimos, ao liberar uma substância chamada adenosina.

"Uma das principais teorias da geração de sono vem da observação de que existe uma acumulação de adenosina [no cérebro] durante o período em que estamos acordados, e que essa adenosina diminui durante o sono subsequente", diz Tommaso Fellin, do Instituto Italiano de Tecnologia, em Gênova, Itália.

Segundo a teoria, a adenosina suprime a atividade de neurônios que, normalmente, estimulam o córtex e nos mantém acordados. No entanto, diz ele, "a fonte celular de adenosina tem sido negligenciada".

Astrócitos desempenham um papel fundamental na nutrição e reparo de neurônios. Além disso, ao contrário de neurônios, que controlam a atividade cerebral imediata, os astrócitos modulam a atividade de longo prazo, regulando a comunicação entre neurônios.

O fato de a pressão do sono - os mecanismos fisiológicos que resultam na necessidade de dormir - também se acumularem sobre um longo período, Fellin e Michael Halassa, agora no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e colegas, decidiram investigar se os astrócitos poderiam ser a fonte de adenosina que produz a vontade de dormir.

Eles usaram camundongos alterados geneticamente; os animais não liberavam adenosina de seus astrócitos em resposta a um antibiótico na comida. A redução nos níveis de adenosina resultou numa redução no tempo de sono dos camundongos após serem impedidos de dormir por 6 horas. A redução na adenosina também evitou alguns dos problemas cognitivos associados com perda de sono.

"Nossa pesquisa sugere que essas células são responsáveis pela acumulação de adenosina" e a regulação de sono, diz Fellin, que apresentou os resultados no Fórum Europeu de Neurociência em Amsterdam, na Holanda, na semana passada.

"Esse é exatamente o tipo de função esperada de astrócitos", afirma Douglas Fields, dos Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA. "Astrócitos se comunicam lentamente, em escalas de tempo maiores que neurônios. Eles são adaptados para ter uma influência global na função cerebral."

 


Autor: Redação
Fonte: Folha de São Paulo

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