A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre será o primeiro hospital do Brasil a realizar este tipo de procedimento, através do Grupo de Estudos para o Tratamento e Transplante de Intestino (GETTI), criado em dezembro de 2008. Além do tratamento cirúrgico, a equipe também será responsável pelo transplante de intestino.

Na atuação do Grupo da Santa Casa, além do diagnóstico, estão as diversas formas de tratamento clínico e cirúrgico dos pacientes com problemas intestinais. A equipe do GETTI, liderada pelo médico Dr. Antônio Carlos Weston, se reúne há seis meses para discutir e diagnosticar casos de pacientes com más-formações, aderências e outros distúrbios intestinais como a Síndrome do Intestino Curto.

O GETTI, formado por equipe multidisciplinar que inclui profissionais médicos, de enfermagem, psicologia e assistente social, é o segundo grupo da América Latina exclusivo para o diagnóstico, acompanhamento, tratamento e reabilitação do intestino curto e intestino grosso em pacientes adultos e infantis. O grupo pioneiro no continente latino-americano é o da Fundação Favaloro, de Buenos Aires.

De acordo com o Dr. Weston, “a meta é realizar, até o final de 2009, esse procedimento de alta complexidade”. No Brasil não existem equipes que realizem transplantes de intestino. Já autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Santa Casa, o transplante de intestino deverá ser reconhecido, em 2009, pelo Ministério da Saúde, o que permitirá que esse procedimento de alta complexidade esteja disponível também para os beneficiários do SUS.

Como é feito o transplante:

Para que haja o transplante de intestino é necessário que se encontre doador em morte encefálica com tipo sangüíneo igual ao do receptor, tamanho corporal e idade semelhantes, o que amplia a complexidade do procedimento. Quando verificada a compatibilidade, parte do intestino é retirada do doador e implantada no receptor, substituindo a área afetada.