O rotavírus é o maior responsável por diarréias em crianças até 5 anos. Nos Estados Unidos, esse vírus é a causa de pelo menos 3 milhões de casos de diarréia, com mais de 60 mil crianças hospitalizadas. Nos países em desenvolvimento, a doença leva ao óbito mais de meio milhão de crianças anualmente.

O desenvolvimento de novas vacinas, a Rota Teq e a Rotarix, iniciou em 2006, com resultados positivos em mais de 85% dos casos. Nenhuma dessas vacinas apresentou resultados adversos, como intussuscepção (um tipo de obstrução intestinal) que já tirou de circulação uma antiga vacina, a RotaShield.

O vírus é encontrado em grande quantidade nas fezes de crianças infectadas, e a transmissão pode ocorrer por via fecal-oral (água ou alimentos infectados), por contato físico e por secreções respiratórias. A melhor forma de prevenção ainda são as praticas de higiene, tais como: lavagem das mãos, controle da qualidade da água e dos alimentos, destino adequado dos dejetos e do esgoto.

Infelizmente, mesmo a prevenção não é capaz de acabar com o surto de rotavírus, que representa cerca de 20% dos casos de diarréia notificados em São Paulo, ocorrendo principalmente em creches e hospitais.

Mesmo como promissor, os resultados obtidos com as vacinas nos Estados Unidos talvez não se apliquem aos países em desenvolvimento. Fatores como desnutrição, presença de alguns tipos de bactérias no intestino e até mesmo o tratamento contra poliomielite podem afetar o funcionamento da vacina contra o rotavírus. Por isso, a Organização Mundial da Saúde recomendou a avaliação da eficácia dessas vacinas nos países em desenvolvimento.

Tanto RotaTeq como a Rotarix estão disponíveis apenas nos Estados Unidos. Contudo, estas estão sendo testadas em outras regiões, e os resultados desses experimentos são ansiosamente esperados.

Referências

The New England Journal of Medicine - Disponível em: www.nejm.org/

Centro de Vigilância Epidemiológica - Disponível em: www.cve.saude.sp.gov.br

Bolsa de Mulher - Disponivel em: www.bolsademulher.com/