"Está nas mãos do governo federal impedir a greve dos residentes". O aviso foi dado pelo presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Nivio Lemos Moreira Junior, que aguarda definição de data da audiência entre a categoria e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que discutirá a pauta de reivindicações. O ministro se comprometeu, durante o Encontro Nacional de Entidades Médicas (Enem), realizado em Brasília, a receber os dirigentes nacionais e comissão de greve nas próximas duas semanas.

Na última quarta-feira, 28/07, a ANMR entregou carta aos ministérios da Educação e o da Saúde com a pauta da mobilização, que inclui reajuste de 38,7% no valor da bolsa hoje em R$ 1.916,45, garantia de pagamento do auxílio moradia e auxílio alimentação e do adicional de insalubridade, respeito ao reajuste anual, instituição da 13ª bolsa-auxílio e aumento da licença maternidade de quatro para seis meses.

A paralisação já está aprovada para agosto. No Enem, a comissão de greve definiu últimos detalhes de planejamento para o movimento. Em todo país, mais de 24 mil residentes estão sendo motivados a aderir e se organizar para a greve. No encontro de entidades médicas, 40 delegados representaram os residentes de todo o Brasil. "Houve reconhecimento unânime da nossa pauta e das medidas para melhoria na formação, com apoio de entidades e de autoridades, como o próprio ministro da Saúde", ressaltou o presidente da ANMR e da Associação dos Médicos Residentes do Rio Grande do Sul (AMERERS).