Falta de ar, moleza, fragilidade, calafrios, batimentos cardíacos fora do normal e choro. Com 25 anos de magistério, a professora Nádia cai em lágrimas só de chegar perto de uma escola.
Ela sofre de transtorno de estresse pós-traumático, uma doença que acomete pessoas que viveram situações como guerra seqüestro e estupro. Esse distúrbio faz com que esses pacientes revivam com intensidade o trauma do passado.
De acordo com Edna Félix, presidente do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro, cerca de 60% dos professores sofrem com sintomas causados por esgotamento mental, traumas e dificuldades para trabalhar.
- A falta de condições do trabalho é o nosso grande vilão na educação pública hoje.
No caso de Nádia, ela conta que há dois anos começou a sofrer ameaças de agressão dentro da sala de aula e passou a ter pesadelos no trabalho. Após isso, ela foi afastada do emprego, supostamente com pânico e depressão.
Um trabalhador com esgotamento mental apresenta sérias dificuldades de se manter concentrado, o que, em determinadas profissões, pode ser fatal.
Assista à história de Nádia abaixo: