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Probióticos reduzem infecções em crianças
 
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23/03/2009

Probióticos reduzem infecções em crianças

Doenças infecciosas são freqüentes em crianças pequenas que frequentam escolas

Estudo realizado por Lim e colaboradores (2009), na Tailândia, analisou a eficácia da suplementação alimentar com produtos probióticos na redução da infecção em crianças com menos de cinco anos de idade. Segundo os autores, as doenças infecciosas são as mais freqüentes em crianças pequenas, particularmente as que frequentam escolas. Pois, o contato com outras crianças e ambientes com baixa qualidade de higiene podem predispor a tais infecções, como as causadas por rotavírus, o vírus da influenza, Salmonela, Escherichia coli, entre outras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2002), os produtos probióticos são compostos formados por organismos bacterianos vivos que, se ingeridos em dosagens adequadas, conferem benéficos fisiológicos definidos e adequados. A propriedade desses produtos é garantir um equilíbrio bacteriano no intestino.

Para a realização do estudo, os pesquisadores analisaram três tipos de probióticos, com três tipos de lactobacilos: Lactobacilo casei rhamnosus, Lactobacilo rhamnosus T cell-1 e múltiplos lactobacilos.

Participaram do estudo 986 crianças, divididas nos seguintes grupos: controle, não foi administrado nenhum tipo de probiótico; que tomou Lactobacilo casei rhamnosus; que ingeriu Lactobacilo rhamnosus T cell-1; e que tomou múltiplos lactobacilos. As crianças foram avaliadas ao longo de sete meses.

Os resultados revelaram que a incidência de doenças pediátricas, de vários tipos, aumentou após a entrada na escola para todos os grupos, apoiando a convicção de que o ingresso na escola pode aumentar o risco a infecções. Porém, após o ingresso na escola, as crianças que ingeriram Lactobacilo casei rhamnosus apresentaram uma menor incidência de infecções respiratórias, virais e bacterianas. O produto com múltiplos lactobacilos reduziu as infecções intestinais significativamente. Por sua vez, o consumo em longo prazo de Lactobacilo rhamnosus T cell-1 diminuiu a incidência de infecções bacterianas.

Os autores comentaram que “um resultado interessante foi que a suplementação com probiótico tendeu a diminuir o número de visitas ao médico, especialmente por reduzir o número de crianças que necessitou de consultas médicas; concomitantemente, aumentando o número de crianças que não realizaram nenhuma visita ao médico durante o período de intervenção”. No entanto, eles alertaram que tipos diferentes de probiótico resultaram em ações preventivas diferenciadas, bem como é importante que os produtos possuam alta qualidade.

De acordo com Reid (2008), um dos problemas potenciais dos probióticos pode ser a sua produção, que pode não garantir a qualidade necessária aos produtos, reduzindo a sua eficácia. É necessário que tais produtos sigam as especificações internacionais determinadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Garantindo-se a qualidade dos produtos, há um otimismo crescente de que os probióticos possam auxiliar a prevenção de uma série de patologias. “Porém, esses produtos não são balas mágicas, e não se deve elevar as expectativas para a cura de doenças”, diz Reid.

Referências

LIN, J. et al. Different effects of probiotic species/strains on infections in preschool children: A double-blind, randomized, controlled study. Vaccine, v. 27, n. 7, p. 1073-1079, fev. 2009.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - OMS. Guidelines for the evaluation of probiotics in food. Joint FAO/WHO working group report on drafting guidelines for the evaluation of probiotics in food. Londres, Ontário, Canadá, abr.-mai. 2002.

REID, G. Probiotics and prebiotics – Progress and challenges. International Dairy Journal, v. 18, n. 10-11, p. 969-975, out.-nov. 2008.
 


Autor: Marli Appel - Equipe Sis.Saúde
Fonte: Vide referências

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