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Resultados de pesquisa intrigam cientistas
 
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25/03/2009

Resultados de pesquisa intrigam cientistas

Estudo liga depressão ao afinamento do córtex cerebral

 Cientistas, acompanhando famílias com histórico de depressão, encontraram uma diferença estrutural nos cérebros dessas pessoas: um significativo desgaste na região do córtex. Esse problema pode ser um traço de vulnerabilidade à depressão, acreditam os pesquisadores.

A partir da analise de imagens dos cérebros de pessoas que possuem histórico de depressão em suas famílias, os especialistas puderam entender que, mesmo que em alguns casos a pessoa nunca tenha sofrido de depressão, elas apresentaram o mesmo afinamento no córtex que seus familiares depressivos.

“Isto é o mais extraordinário: o desgaste pode aparecer duas gerações mais tarde” disse o Dr. Bradley S. Peterson, professor de psiquiatria na Columbia College of Physicians and Surgeons. “Esta característica está presente nas pessoas, mesmo que elas ainda não tenham adoecido”.

O Dr. Peterson acrescenta que não é comprovado se a depressão responde a fatores genéticos, "não sabemos se isso tem uma origem genética ou se é conseqüência de se crescer com pais ou avós depressivos. Estudos têm demonstrado que pais depressivos tornam o ambiente pesado para os seus filhos”.

O estudo, que será publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, é resultado da investigação iniciada há 27 anos pela Dra. Myrna Weissman.

Os especialistas analisaram imagens dos cérebros de 131 pessoas, incluindo crianças e adultos com idades entre 6 a 54 anos. Eles foram divididos em dois grupos: o primeiro de alto risco depressivo, e o segundo de baixo risco.

As imagens cerebrais revelaram um desgaste 28% maior em toda a extensão do hemisfério cerebral direito no grupo de risco, em comparação com o segundo grupo.

O córtex cerebral é a parte responsável pelo raciocínio, planejamento e humor, o seu afinamento pode afetar a capacidade do indivíduo de interpretar informações sociais e emocionais.

Entretanto, o afinamento do hemisfério direito não foi associado com depressão real; apenas as pessoas que apresentaram desgaste no hemisfério esquerdo apresentaram reais sintomas. “Esta pode ser a diferença entre ter tendência à depressão e ter realmente os seus sintomas”, disse o Dr. Peterson.

A Dra. Helen Mayberg, professora de psiquiatria e neurologia da Universidade de Emory, afirmou que o estudo foi muito amplo e que forneceu “uma nova peça para o quebra-cabeças que identifica algumas partes do cérebro que devemos dar mais atenção”.

"Mas isto é realmente um fator de risco? Um sinal de depressão? Um sinal que você vai ter depressão?" indaga a doutora. "Estas são questões bem complicadas e interessantes”.


Autor:
Fonte: The New York Times - Disponível em: www.nytimes.com

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