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09/09/2010

Raiva Humana

Governo confirma primeiro caso de raiva humana do ano no Brasil

Em nota divulgada ontem, 08, o Ministério da Saúde confirmou que um rapaz de 26 anos, do interior do Ceará, é o primeiro caso de raiva humana transmitida por cães neste ano no Brasil.

O paciente foi internado com sintomas da doença no Hospital São José, em Fortaleza, no dia 1º de setembro. Ele mora em Chaval (a 417 km da capital). Depois da notificação da suspeita, testes do Laboratório de Referência Nacional para Raiva, do Instituto Pasteur de São Paulo, confirmaram a presença do vírus da raiva.

Estado de saúde

De acordo com a supervisora do núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Ceará, Dina Cortez, o estado do paciente é estável.

O rapaz foi infectado por sua cadela, que o mordeu em maio. Dias depois, o animal morreu, deixando seis filhotes – cinco deles também não resistiram.

O paciente está sendo tratado de acordo com o protocolo de Recife, que consiste, basicamente, em indução de coma, uso de antivirais e reposição de enzimas, além de manutenção dos sinais vitais.

O protocolo foi adaptado do tratamento que curou a primeira paciente de raiva, nos EUA, e o pernambucano Marciano Meneses da Silva, 16, o único sobrevivente da doença no Brasil.

Outros casos

Neste ano, outro caso de raiva humana foi registrado, no Rio Grande do Norte. O paciente foi mordido por um morcego e morreu. Uma equipe da secretaria foi enviada a Chaval para investigar possíveis novos casos.

Em 2009, foram registrados dois casos de raiva humana no Brasil transmitidos por cães e gatos, contra 52 na década de 90, conforme o governo federal.

Sobre a doença

A raiva é transmitida ao ser humano por mordida, lambida ou arranhão de animais infectados, principalmente cães, gatos, morcegos e macacos (saguis).

Para evitar a transmissão da doença, é recomendado lavar bem o ferimento com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde.

No início, os sintomas da doença são inespecíficos, caracterizados por febre, cefaléia, mal-estar, anorexia, náusea e dor de garganta. Na maioria dos casos há alteração de sensibilidade no local afetado pelo animal, como formigamento, queimação, adormecimento, prurido e/ou dor local. Esse período varia de 2 a 4 dias.

Posteriormente, surgem sintomas que atingem o sistema nervoso central, caracterizados inicialmente por ansiedade, inquietude, desorientação, alucinações, comportamento estranho e até convulsões. As crises convulsivas podem ser desencadeadas por estímulos táteis, auditivos ou visuais.

Outros sintomas são hipersalivação, fasciculação muscular e hiperventilação. Esse período dura de 4 a 10 dias. No homem, são raros os surtos de agressividade, característicos da raiva furiosa nos animais.

Na sequencia, instala-se um quadro de paralisia progressiva e coma.

A raiva em humanos é praticamente fatal.

Vacinação

O ministério considera a vacinação de cães e gatos como a principal forma de evitar casos de raiva em humanos, além do controle da circulação do vírus tipo 3 encontrado em morcegos hematófagos.

Desde junho, 17 Estados e o Distrito Federal iniciaram uma campanha de vacinação de animais de estimação. Em 15 unidades federativas, mais de 1,3 milhão já foram imunizados – 79,9% cães e 20,1% gatos -, de acordo com dados do governo.

No Estado de São Paulo, a campanha foi suspensa por conta da morte de sete cães e gatos após a vacinação. De acordo com o ministério, também foram registrados casos de morte ou reação adversa em animais no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte – totalizando 79 notificações.

Como reconhecer um animal com raiva?

Como o cachorro é a principal fonte de infecção para o homem, é importante conhecer os principais sintomas da doença.

São duas as formas de raiva canina: a furiosa e a paralítica. O cão, depois de ser mordido por um animal com raiva, desenvolve a doença em um período de 21 dias a 2 meses, em média.

A forma furiosa caracteriza-se por: inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, posteriormente paralisia, coma e morte.

Na forma paralítica, ao contrário da furiosa, não há inquietação ou tendência ao ataque, o cão tende a se isolar e se esconder em locais escuros. Apresenta paralisia de patas traseiras, que progride e o leva à morte. A duração da doença é de 3 a 7 dias.


Autor:
Fonte: Blog da Saúde

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