.
 
 
Brasil e Portugal estudam a Síndrome de Burnout
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


13/09/2010

Brasil e Portugal estudam a Síndrome de Burnout

Pesquisadoras buscam alinhar dados e encontrar soluções comuns

A ULBRA recebeu a pesquisadora portuguesa Sofia Raquel Dias, que estuda a prevalência da Síndrome de Burnout nos trabalhadores da área da Saúde em terras lusitanas. A acadêmica é doutoranda da Universidade do Porto e realizou visita à ULBRA, através de parceria das instituições, para pesquisa no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), parceria esta coordenada pela professora Mary Sandra Carlotto no Brasil e professora Cristinha Queirós em Portugal.

A proposta das pesquisadoras é levantar e cruzar dados referentes à Síndrome de Burnout nos dois países e, posteriormente, realizar intervenções visando à diminuição dos impactos, tanto no Brasil quanto em Portugal, que, ao contrário do Brasil, ainda não reconhece Burnout como uma doença profissional.

“Existem poucos estudos sobre a síndrome e seus impactos em Portugal. Acredito que o Brasil está à frente nas pesquisas sobre o tema. Mas com os poucos dados que já cruzamos, temos a certeza de que a doença é muito comum entre os profissionais da área da Saúde nos dois países. Embora o Brasil já reconheça como doença desde 1999, os empregadores e empregados pouco sabem sobre Burnout e suas danosas consequências para o trabalhador e para as instituições”, comentou Sofia.

Segundo a professora Mary Sandra, quem trabalha sobre pressão, sobrecarregado, com pouca autonomia e participação, está mais exposta à doença. “Constatamos em nossos estudos que em ambos os países os profissionais da saúde, de um modo geral, têm sido acometidos pela síndrome. No entanto, os que prestam o atendimento em setores de urgência e unidades de tratamento intensivo são os que apresentam maiores índices de Síndrome de Burnout. Isto é muito preocupante, pois equipes com Burnout tendem a ser menos produtivas e apresentam menor qualidade na assistência prestada ao paciente e, consequentemente, expõe o mesmo a estresse e riscos desnecessários, além do vivenciado pelo seu próprio adoecimento”, declarou.

O trabalho realizado tem como um dos objetivos pesquisar e realizar um estudo transcultural, comparando profissionais brasileiros e portugueses. Será o primeiro estudo publicado com este delineamento. “A médio e longo prazo os dois países devem alinhar a maneira de tratar a doença, como já ocorre em outras nações. Estados Unidos, Canadá, Suécia e Espanha são bons exemplos de que este alinhamento é possível”, finalizou a professora Mary Sandra, que já esteve em Portugal em julho deste ano para trabalhar com os dados já coletados.

Para o desenvolvimento dos estudos, as pesquisadoras mantêm contatos praticamente diários através da internet. Também estão agendadas visitas anuais entre as profissionais em ambos os países. “Esta é a segunda vez que venho aqui, gosto de estar no Brasil, especialmente no Sul, que se parece em diversos aspectos com a Europa. Sou muito bem recebida na ULBRA e tenho certeza de que este trabalho pode gerar bons frutos”, projetou Sofia.


Autor: ULBRA
Fonte: Assessoria

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581