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De cada três bebês, dois têm deficiência de vitamina A, revela estudo da USP
 
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20/09/2010

De cada três bebês, dois têm deficiência de vitamina A, revela estudo da USP

Nutricionista avaliou 59 crianças de 3 meses, e 39 delas tinham falta da substância

Uma pesquisa resultante de dissertação de mestrado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, revela que, de cada três bebês, dois apresentam deficiência de vitamina A.

Durante o estudo, a nutricionista Thalia Deminice avaliou 59 crianças de 3 meses no Centro Médico e Social Comunitário de Vila Lobato, em Ribeirão Preto, e 39 delas (66%) tinham falta da substância. O trabalho conquistou, em agosto, o primeiro lugar do prêmio Henri Nestlé de 2010, na categoria Nutrição em Saúde Pública.

Também foram avaliadas as mães dos bebês, entre o 20º e o 30º dia pós-parto, e elas também apresentaram deficiência de vitamina A, mas em menor proporção. Foram analisados o sangue e o leite maternos e o bebê.

No início da pesquisa, a média de deficiência de vitamina A no grupo de mães que receberam placebo - preparado sem nenhum efeito - foi de 6,7% e, no fim, 16,7%. Já no grupo que recebeu o suplemento vitamínico, a média foi de 6,5% no início e 3,2% no fim.

“O impacto positivo da suplementação se deu no aumento dos níveis de retinol (vitamina A) no sangue das mães e o impedimento da redução no leite materno”, afirma Thalia. Para ser considerado normal, o índice de concentração sérica de retinol no sangue não pode ser inferior a 0,7 micromol por litro (µmol/l) de sangue e no leite, a 1,05 µmol/l.

Antes da suplementação, esse índice foi de 0,64 µmol/l nos bebês e de 1,04 µmol/l nas mães. Depois da intervenção, o índice nas mães passou para 1,17 µmol/l. No leite, os resultados foram de 1,56 µmol/l e 1,34 µmol/l para quem tomou e não tomou a vitamina, respectivamente.

Suplementação

O estado nutricional de vitamina A das mães foi analisado por meio da concentração sérica de retinol, em dois momentos: antes e após a intervenção, aos 3 meses pós-parto. Já o estado nutricional de vitamina A dos bebês foi avaliado pela concentração sérica de retinol aos 3 meses de idade. “O conteúdo de retinol no leite materno foi avaliado por meio da coleta de duas amostras, antes e após a intervenção, nos mesmos momentos da coleta de sangue da mãe”, explica Thalia.

A idade média das mães foi de 26 anos, com variação entre 18 e 42 anos. “Observamos que, quanto maior a idade, maior o nível de retinol. Entretanto, não há consenso na literatura sobre a correlação direta entre idade e concentrações de retinol sérico”, afirma a pesquisadora.

A deficiência de vitamina A é uma das principais carências nutricionais do mundo e pode causar danos ao sistema imunológico. Como consequência, o organismo fica mais suscetível a infecções, problemas respiratórios e diarreia, além de prejuízos aos olhos que, em casos extremos, podem levar à cegueira. “Mães e bebês são considerados grupos de risco para a deficiência de vitamina A, por isso é preciso ter atenção redobrada e, em alguns casos, fazer suplementação tanto para as mães quanto para os bebês”, diz Thalia.

Segundo o orientador da pesquisa e pediatra Ivan Savioli Ferraz, colaborador da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa) do Hospital das Clínicas da FMRP, outros estudos já comprovaram que essa deficiência é resultado da gravidez, período em que a mulher deve ingerir vitaminas, em geral, para ela e para o bebê.


Autor: Agência USP
Fonte: Estadão - Saúde

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