Pesquisadores americanos calcularam o gasto total que a obesidade causa para uma pessoa. Além do custo com possíveis internações, esse distúrbio provoca também outras despesas, como: queda de produtividade, perda de dias trabalhados por causa de licença-saúde, além de gastos extras com gasolina.
De acordo com o levantamento, feito pela Universidade George Washington (Estados Unidos), as mulheres gordas gastam mais dinheiro do que os homens que estão acima do peso. Enquanto o gasto adicional para elas é de R$ 8.392 por ano, para eles, esse valor é de R$ 4.551.
Isso significa que, a cada mês, a obesidade consome R$ 700 do bolso de uma mulher e R$ 379 das economias de um homem que enfrenta o problema.
A pesquisa mostra ainda que, se a pessoa estiver apenas acima do peso, e não obesa, as despesas extras seriam bem menores. Nessas condições, elas gastam R$ 901 por ano e eles, R$ 743.
O que explica a diferença entre os sexos, de acordo com os cientistas, é que as mulheres obesas recebem menos do que as magras. Já entre os homens, não foi verificada nenhuma variação salarial relacionada ao peso.
Segundo Christine Ferguson, autora do estudo, os resultados foram surpreendentes porque os pesquisadores acreditavam que a obesidade afetasse o salário tanto de homens como de mulheres.
No Brasil, uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada no mês passado, mostrou que o índice de homens brasileiros acima do peso quase triplicou em três décadas. Outra pesquisa do instituto revelou que 23,2% dos estudantes da 8ª série do ensino fundamental estão com excesso de peso – sendo 16% com sobrepeso e 7,2% com obesidade. A obesidade é um distúrbio que pode desencadear outras doenças, como diabetes, doenças cardíacas, entre outras.
Para o médico Kevin Schulman, da Universidade de Duke (Estados Unidos), os países precisam ter mais atenção a esse problema.
- Nós estamos pagando um preço alto por causa da sociedade obesa. Por que nós não começamos a pensa nisso como um problema de grande impacto para a economia? Precisamos fazer algo antes que muitas crianças se tornem adultos de meia-idade com diabetes.