.
 
 
Mudanças de hábitos no câncer de mama são fundamentais para aumentar a sobrevida
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


27/09/2010

Mudanças de hábitos no câncer de mama são fundamentais para aumentar a sobrevida

Limitações físicas ocasionadas pela patologia ou pelo tratamento tornam-se grandes vilões

Segundo um novo estudo publicado online em "The Journal of National Cancer Institute", os sobreviventes do câncer da mama com limitações funcionais - incapacidade para realizar atividades diárias normais - causadas pela doença ou seu tratamento são mais propensos a morrer por causa da saúde geral mais deficiente.

Os cientistas descobriram que os sobreviventes, que relataram limitações físicas após o tratamento do câncer de mama, têm o mesmo risco de morrer de câncer de mama que aqueles sem limitações, mas são mais propensos a morrerem de outras doenças. Em particular, os pesquisadores descobriram que as mulheres mais velhas, bem como pacientes acima do peso, tinham maior probabilidade de apresentar prejuízo funcional, pelo menos, 18 meses após o tratamento.

A pesquisa, a primeira de seu tipo, aponta para fatores de risco, nos quais, com simples mudanças de hábitos que permitam mais atividade física, a saúde pode ser muito melhorada. Os prejuízos, que afetam o movimento e destreza, incluem a incapacidade de se ajoelhar, levantar objetos mais pesados, lidar com objetos pequenos, ficar no lugar, sentar-se por longos períodos, subir e descer uma escada e andar dois ou três quarteirões.

"Nosso estudo fornece evidências do motivo que se torna importante desenvolver intervenções que melhoram a função física, para mitigar seus efeitos adversos'', disse Dejana Braithwaite, PhD, titular do estudo e professora assistente de epidemiologia do câncer em UCSF’s Helen Diller Family Comprehensive Cancer Center. "As estratégias de intervenção - por parte do indivíduo, da comunidade e do médico - devem enfatizar um estilo de vida ativo fisicamente''.

Braithwaite colaborou com pesquisadores do Kaiser Permanente Northern California,, Universidade de Utah, Universidade da Califórnia e Universidade de Brock, no Canadá.

"Quando falamos em melhorar a função física, estamos comentando de melhorar a capacidade da mulher de realizar as funções normais do cotidiano, como andar em volta do quarteirão, levantar facilmente uma cadeira ou carregar uma sacola pesada de supermercado”, disse Bette Caan , Dra. PH, autora sênior e principal investigadora do estudo Life After Cancer Epidemiology, da Divisão de pesquisa da Kaiser Permanente. "Essas atividades parecem fazer diferença na chance de sobrevivência de uma mulher após um diagnóstico de câncer de mama”.

Com uma melhor detecção e tratamento, mais pacientes de câncer de mama estão sobrevivendo mais. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, cerca de 2,5 milhões de mulheres com história de câncer de mama estavam vivas em 2006 - a maioria delas livre do câncer. A taxa de sobrevida global, em cinco anos para o câncer de mama localizado, foi de 98%, segundo a Sociedade Americana de Câncer, enquanto a taxa de sobrevida de câncer de mama que se espalhou para a parede torácica ou nos linfonodos estava na faixa de 80%, pelo menos 25% dos pacientes com câncer de mama com metástase sobrevivem cinco anos ou mais.

Apesar das melhores taxas de sobrevida, muitos pacientes com limitações físicas após o tratamento – em torno de 39%, de acordo com as novas descobertas – têm recebido pouca atenção a essas limitações e problemas relacionados, sobretudo entre mulheres mais velhas.

Para determinar como as limitações físicas, após o tratamento inicial do câncer de mama, afetaram a mortalidade, os cientistas estudaram 2.202 mulheres com câncer de mama, na Califórnia e Utah, nos Estados Unidos. Assim, esses pacientes foram questionados sobre a resistência, força, amplitude do movimento muscular, destreza e capacidade muscular após o tratamento inicial, como a quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal. As mulheres faziam parte do estudo de coorte denominado de Life After Cancer Epidemiology, e foram acompanhadas por até 11 anos após o diagnóstico.

Os resultados diferiram de acordo com o estágio da doença. As mulheres com câncer localizado tiveram maiores taxas de câncer de mama e morte por outras causas sem ser o câncer, devido às limitações funcionais, que aquelas com a doença em estágio mais avançado. Além disso, as mulheres com limitações funcionais demonstraram menor tolerância ao tratamento, provavelmente, por serem mais velhas, menos ativas fisicamente e com sobrepeso ou obesidade. Como resultado, os autores especularam que as mulheres com boa função física e que toleraram a terapia também estavam mais representadas no grupo com doença mais avançada.

"Há evidências crescentes de que a atividade física regular, como 30 minutos diários de intensidade moderada, pode reduzir o risco de recorrência do câncer de mama'', disse a co-autora Patricia Ganz, médica oncologista e diretora do Centro de Controle e Prevenção de Câncer, da UCLA’s Jonsson Comprehensive Cancer. "Mulheres com limitações funcionais são menos susceptíveis de serem capazes de manter atividade física regular e provavelmente beneficiar de intervenção para reduzir as suas limitações e aumentar a atividade física”.

Embora os pesquisadores não estudaram especificamente o mecanismo subjacente, eles sugeriram que as limitações funcionais podem ser associadas com inflamação crônica, um aspecto chave das defesas do sistema imunológico, que pode levar à diminuição da função de órgãos ou sistemas.

Tradução: Equipe SIS.Saúde
 

 


Autor: Elizabeth Fernandez
Fonte: EurelAlert. Disponível em: http://news.ucsf.edu/releases/physical-limitations-take-a-significant-toll-in-breast-cancer-survivors/

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581