Médicos comemoram aprovação pelos vereadores de Porto Alegre, na tarde desta segunda, dia 4, do abono para mais de 1,3 mil municipários e municipalizados da Capital. A votação ocorreu na primeira sessão após as eleições.

A proposta tramitava na Câmara desde 3 de agosto e faz parte de acordo salarial entre direção do Sindicato Médico do RS (SIMERS) e o prefeito José Fortunati, firmado em julho. O placar foi de 20 votos a favor e seis abstenções. Não houve oposição. Duas emendas foram rejeitadas.

O diretor do SIMERS Jorge Eltz destacou que o abono de R$ 500,00, que será retroativo a maio deste ano, é emergencial e deve ajudar a reduzir parte das dificuldades de contratação e manutenção de médicos no SUS. Hoje o piso é de quase R$ 1,5 mil e chega a R$ 2,1 mil (com gratificações) para 30 horas semanais.

A remuneração está distante de valores de mercado. Nesta terça, assembleia extraordinária marcada para a sede do SIMERS (Rua Corte Real, 975), a partir das 19h30, discutirá mobilização pelo plano.

Com um Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) específico para os médicos, a categoria busca resolver as defasagens e tornar a carreira pública atrativa aos profissionais, principalmente especialistas, cada vez mais raros em postos. "Boa parte da superlotação das emergências é gerada pelas graves deficiências de atendimento na rede básica", vincula Eltz.

Duas emendas que haviam sido propostas foram rejeitadas na votação. O abono de R$ 500,00 vigorará enquanto se aguarda a criação e implantação do PCCV específico para os médicos. O Sindicato já está em contato com a prefeitura para saber quando o benefício será pago aos médicos.

O compromisso do município era de repassar os valores em folha suplementar tão logo houvesse aprovação pelos vereadores. O SIMERS reforça que a mobilização da categoria se volta agora com força total para a conquista do PCCV, que já está em discussão com Grupo de Trabalho formado por integrantes do governo, do Sindicato e da base dos médicos.