Pesquisa recente, realizada por Siqueira e colaboradores (2009), buscou investigar os fatores preditivos da osteoporose na idade adulta. Segundo os autores, está claro na literatura científica que existe associação entre a doença com o fenômeno do envelhecimento. Do mesmo modo, os pesquisadores se fundamentaram em estudos que dizem, também, que práticas físicas em idades precoces diminuem a incidência de várias doenças, entre estas a osteoporose.
Assim, foi conduzido um estudo de base populacional, em que mais de mil pessoas com 50 anos ou mais (n=1.016) foram submetidas a entrevistas individuais, que abordavam práticas de esportes durante a adolescência, bem como foram averiguados dados demográficos e sociais, além da presença de osteoporose. A amostra foi composta por pessoas residentes na cidade de Pelotas/RS, e selecionadas de acordo com rígidos padrões estatísticos.
Os pesquisadores verificaram que os participantes que relataram a prática durante a adolescência tiveram índices 67% menores de osteoporose que os participantes que não executaram atividades físicas no período da adolescência. Desse modo, entende-se que os resultados confirmaram que a prática de atividades físicas na adolescência, por um período mínimo de seis meses, é protetora ao aparecimento de osteoporose durante a idade adulta.
Do mesmo modo, jovens que praticam esporte têm mais probabilidade de o fazerem na idade adulta, potencializando os benefícios dessa prática. Assim, a presente pesquisa corrobora com a necessidade de préticas físicas em idade precoce na medida em que os benefícios são prováveis. Também incentivam, inclusive, ações de políticas públicas preventivas em saúde. Leia o artigo completo clicando
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Referência
SIQUEIRA, F. V. et al. Prática de atividade física na adolescência e prevalência de osteoporose na idade adulta. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 15, n. 1, p. 27-30, jan. 2009.