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Estudo revela que antidepressivo reboxetina é ineficaz
 
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13/10/2010

Estudo revela que antidepressivo reboxetina é ineficaz

Substância causa mais reações adversas do que tipo de remédio similar

O antidepressivo reboxetina é um medicamento "ineficaz e potencialmente perigoso", revela um estudo publicado na revista médica British Medical Journal. A pesquisa indica também que quase 75% dos dados dos pacientes que se submeteram a testes clínicos com o reboxetina não foram publicados até agora, e que a informação divulgada superestima os benefícios do tratamento e subestima seus riscos, o que ressalta a necessidade urgente de se divulgar os resultados obtidos nos testes clínicos, de acordo com o estudo.

Em muitos países europeus o uso da substância reboxetina para o tratamento da depressão foi aprovado em 1997, mas sua eficácia foi posta em dúvida com base em estudos recentes e pela proibição de seu uso nos Estados Unidos, em 2001. De acordo com o novo estudo, os resultados dos testes clínicos mostram que o uso do medicamento pode ser perigoso.

Uma equipe de pesquisadores do German Institute For Quality And Efficiency In Health Care (IQWIG) avaliou os benefícios e os riscos da reboxetina, com base em um grupo de controle que recebeu o placebo e na comparação com outros famosos antidepressivos como o SSRI (inibidor seletivo da recaptação da serotonina).

Os pesquisadores também mediram o impacto de potenciais publicações tendenciosas nos testes clínicos com a reboxetina. A equipe de especialistas analisou as conclusões obtidas em 13 testes clínicos, entre eles oito realizados previamente pela fabricante do antidepressivo reboxetina, a farmacêutica Pfizer, cujos resultados não tinham sido divulgados.

Em geral, a qualidade desses testes foi boa, mas os pesquisadores observaram que os resultados dos testes em 74% dos pacientes não haviam sido revelados. Após essa análise, eles concluíram que a reboxetina é um antidepressivo ineficaz e potencialmente perigoso.

Os cientistas não encontraram diferenças significativas quanto a seus benefícios em relação ao uso de placebo e observaram benefícios inferiores dessa medicação em comparação com o uso do SSRI.

Além disso, observaram uma proporção maior de pacientes afetados pelo uso desse medicamento em relação aos que tomaram o placebo. O número de pessoas que teve de parar de tomar o remédio por causa de reações adversas também foi maior no caso da reboxetina do que entre os que tomaram o placebo e o SSRI.

Após comparar os testes, os cientistas viram que a informação publicada antes supervalorizava os benefícios de seu uso, além de subestimar suas reações adversas.

- Nosso estudo ressalta a necessidade urgente da publicação obrigatória dos dados dos testes clínicos.

Em outra pesquisa publicada pela revista, os cientistas argumentam que as atuais regulações sobre a publicação de resultados de testes clínicos são "insuficientes". Em um editorial escrito pelos pelas responsáveis da revista, Fiona Godlee e Elizabeth Loder, elas destacaram que na hora de decidir qual medicamento tomar "é vital que haja informação completa sobre testes clínicos com esses remédios e outros tratamentos realizados previamente".


Autor: EFE
Fonte: R7 Notícias

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