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Exercício físico ajuda no tratamento de crianças com leucemia
 
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22/10/2010

Exercício físico ajuda no tratamento de crianças com leucemia

Pacientes tiveram mais força muscular e melhor qualidade de vida

A prática de exercícios físicos por crianças com leucemia aumenta a força muscular desses pacientes e contribui para melhorar a qualidade de vida deles. A descoberta foi comprovada por uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), divulgada pela Agência USP de Notícias.

O estudo, que avaliou crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, mostrou que a força muscular dos pacientes aumentou cerca de 50% em três meses - tempo de realização das atividades. A coordenação dos pacientes também melhorou, bem como a capacidade respiratória, diz a pediatra Beatriz Perondi, autora principal do estudo.

Esses resultados abrem uma nova possibilidade de tratamento ao quebrar a ideia de que o exercício físico pode piorar o quadro clínico da doença.

Segundo Beatriz, crianças com leucemia acabam não tendo uma vida normal. Isso porque, além de a doença e o tratamento levarem a uma baixa capacidade respiratória, diminuição da força muscular e fadiga, esses pacientes são superprotegidos pelos pais.

- Todo esse conjunto de fatores faz com que a criança tenha uma qualidade de vida ruim. Se exercício físico é bom para a saúde em inúmeras situações, para esse tipo de paciente poderia ser também.

Assim, foi elaborado um programa de exercícios de musculação em que as crianças se submetiam às atividades duas vezes por semana durante três meses.

Segundo Bruno Gualano, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP e pesquisador do Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia do HC, foi criado um programa com treinamento de força intenso.

- Pela primeira vez em estudos com exercícios, a qualidade de vida melhorou de forma notória.

Beatriz afirma que as crianças se sentiram menos cansadas, deprimidas e irritadas, passando a interagir com outras pessoas.

- Ao contrário do que se temia, não houve piora alguma no quadro clínico da criança. Também não notamos aumento de quadros hemorrágicos ou de infecções.

Caminho

A pesquisa abre uma nova perspectiva de tratamento, pois, se antes os próprios médicos indicavam o repouso, agora já se sabe que a prática do exercício físico pode ser incentivada.

Segundo Gulano, deve haver uma mudança de paradigma, o que pode trazer benefícios também em longo prazo, já que o exercício pode prevenir futuras comorbidades relacionadas à leucemia, como obesidade e doenças cardiovasculares.

A prática de atividade, porém, não pode ser incentivada sem a orientação e o acompanhamento de um educador físico ou profissional capacitado, lembra Beatriz.

- O exercício precisa ser prescrito e programado especificamente para cada paciente e o educador físico precisa estar junto para que ele não faça mais ou menos do que o necessário.

Sobre o período que a prática é recomendada, a pediatra afirma que, ao longo dos dois anos de tratamento – tempo de duração para cura da doença –, é possível praticar os exercícios.

Entretanto, nos primeiros seis meses, a quimioterapia é muito intensa, o que pode impedir a criança de se exercitar. Assim, é depois desse período, na chamada fase de manutenção, que o exercício pode ser praticado com mais facilidade.


Autor: Redação
Fonte: R7 Notícias

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