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26/10/2010

Biosafety Advisory Group

Informação em saúde - estratégia para apoiar ações de biossegurança

Mobilizar os países para melhorar a informação sobre Biossegurança e Biosseguridade em nível mundial foi um dos principais objetivos da convenção Biosafety Advisory Group 2010: 193 maneiras de implementar a Biossegurança no mundo, encontro promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O pesquisador do Núcleo de Biossegurança do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (NuBIO/ENSP) Bernardo Elias Correa Soares participou do evento e, com mais 30 especialistas de todo o mundo, discutiu pontos fundamentais como informação em saúde, capacitação de profissionais, distinção entre Biossegurança e Biosseguridade, contenção de epidemias e doenças emergentes e reemergentes.

O evento, realizado entre os dias 7, 8 e 9 de setembro na sede da OMS, na Suíça, reuniu um grupo de especialistas que prestam consultoria em biossegurança. A interface entre a saúde animal e a saúde humana foi um dos pontos abordados, bem como as "modificações no ambiente e as facilidades de deslocamento intercontinental que favorecem o contato direto do homem com áreas remotas, quando podem existir agentes infecciosos desconhecidos ou de difícil controle".

Segundo Bernardo, em função do crescimento das doenças animais que podem ser transmitidas ao homem, existe uma cooperação da OMS com a atual Organização Mundial da Saúde Animal, antes denominada Organização Mundial das Epizootias (OIE). Uma infecção animal que se propaga de forma rápida e acomete grande número de animais simultaneamente na mesma região é chamada de epizootia, um conceito equivalente a uma epidemia na saúde humana.

De acordo com o pesquisador, um dos principais pontos de discussão da convenção foi a questão da informação em saúde, tanto para o público como para os profissionais. "É de extrema importância fazer com que a percepção pública de Biossegurança seja melhorada, de forma que as populações envolvidas aceitem as medidas de prevenção propostas. Em determinados países, onde há carência de recursos e falta de saneamento, a percepção saúde-doença da população é mínima, existindo grande dificuldade em fazer as pessoas entenderem que medidas tomar e como se precaver adequadamente. Por isso, durante a convenção, reforçamos muito que é fundamental divulgar mais e mobilizar os países para melhorar a informação sobre Biossegurança", ressaltou Bernardo.

A capacitação profissional também foi alvo de ampla discussão na reunião. Para Bernardo, a ENSP aparece exatamente nesse contexto como instituição de ensino e pesquisa, pois a formação em saúde pública envolve a Biossegurança, a prevenção de epidemias e a informação. "A experiência da ENSP foi relevante na reunião, sendo citados os vários programas de ensino e de educação continuada em Biossegurança, como as disciplinas oferecidas na pós-graduação, o curso on-line e o curso de sensibilização oferecido aos funcionários da instituição e ao público em geral, além do programa de pós-graduação stricto sensu específico em Biossegurança desenvolvido pelo NuBIO em parceria com o Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz)." Segundo ele, esse programa tem características únicas no país, pois objetiva desenvolver uma visão multiprofissional e interdisciplinar da Biossegurança nas instituições de saúde e sua interface com as doenças infecciosas.

Documento recomenda cumprimento de normas de prevenção de doenças

Outro ponto discutido na conferência foi a ampliação de laboratórios credenciados pela OMS e a implantação de laboratórios de nível máximo onde for necessário. Bernardo explicou ainda que, em 2005, foi desenvolvido o novo Regulamento Sanitário Internacional - que está em vigor -, um documento oficial da OMS que recomenda aos países o cumprimento de normas que assegurem a prevenção da dispersão internacional de doenças infecciosas. Nele, também constam o reforço da Biossegurança por meio da revisão e implementação de programas, mobilização de recursos financeiros e humanos e cooperação com Ministérios da Saúde de outros países para troca de experiências sobre os programas de Biossegurança mundiais.

A OMS elaborou uma lista de objetivos que serão propostos até 2015, entre eles estão: desenvolver as prioridades necessárias dos países em Biossegurança; buscar apoio regional (parceiros em universidades ou instituições de pesquisa privada ou públicas) e identificar mecanismos de monitoramento desse processo, entre outros. "O apoio das instituições de pesquisa é fundamental para viabilizar a ligação prática entre a produção de conhecimento científico (informação) e a propagação dos estudos de Biossegurança nos serviços de vigilância epidemiológica, incluindo a identificação de comportamentos de risco e a percepção dos impactos sociais em situações de surtos e epidemias. Esse é o momento para reunir esforços e mobilizar as organizações internacionais", concluiu o pesquisador.


Autor: Comunicação
Fonte: Escola Nacional de Saúde Pública

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