O cérebro é fundamentalmente composto por gorduras, as quais são chamadas de ácidos graxos.Teoricamente, a suplementação de algumas gorduras consideradas "benéficas", como o DHA (ácido docasa-hexaenóico), o qual faz parte do grupo dos ácidos graxos ômega-3, poderia melhorar as funções cognitivas em portadores da doença de Alzheimer (DA), a forma mais comum de demência.
Estudos epidemiológicos constataram que o consumo de peixes ricos em ácidos graxos ômega-3 podem ajudar a diminuir o risco de DA, e estudos em animais sugeriram que o DHA reduziria algumas alterações patológicas no cérebro.
A suplementação com DHA não trouxe nenhum benefício em portadores de DA leve a moderada, segundo um recente estudo liderado pelo Dr.Joseph F. Quinn, pesquisador da Oregon Health and Science University (Portland, Estados Unidos).
O estudo inclui mais de 400 pacientes com DA leve a moderada, os quais foram acompanhados por cerca de 18 meses.Metade dos portadores de DA ingeriu cápsulas com DHA (grupo DHA), e a outra metade, ingeriu cáspulas de placebo (grupo controle).
As funções cognitivas, como memória, concentração, entre outras, foram avaliadas através da subescala cognitiva da DA (ADAS-cog).Os pesquuisadores observaram um aumento médio de 7,98 pontos na ADAS-cog no grupo que ingeriu DHA, valor inferior aos 8,27 pontos observados no grupo que ingeriu apenas as cápsulas de placebo.
Fonte: Journal of the American Medical association.