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Rehospitalização em discussão
 
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03/04/2009

Rehospitalização em discussão

Estudo mostra que boa parte das pessoas volta a se internar

Boa parte das pessoas que passaram por internação hospitalar voltou a se internar, segundo estudo publicado no New England Journal of Medicine (JENCKS, S. F. et al., 2009). O estudo buscou analisar a taxa de readmissão hospitalar tendo em foco a melhoria dos cuidados médicos e diminuições de custos.

Os resultados do estudo revelaram que um quinto das pessoas retornam dentro de um mês e um terço dentro de 90 dias. Além disso, das pessoas que se internaram pela primeira vez por condições médicas, 67,1% foram readimitidas; e das que se internaram pela primeira vez por procedimentos cirúrgicos, 51,5% foram rehospitalizadas ou faleceram no prazo de um ano. A permanência média das pessoas rehospitalizadas foi 0,6 dias mais longa que as pessoas com o mesmo diagnóstico hospitalizadas pela primeira vez. O custo da rehospitalização, em 2004, alcançou U$17,4 bilhões nos Estados Unidos.

Segundo Dr. Stephen F. Jencks, um dos autores da pesquisa, a alta taxa de readmissão hospitalar é reflexo da fragmentação do sistema de cuidados médicos. Pois, por exemplo, metade das pessoas que voltou a se internar em 30 dias não buscou atendimento médico nesse período. Muitos dos pacientes que deixam um hospital são idosos com doenças crônicas e não contam com cuidados médicos adequados pós-hospitalização.

Geisinger Health System, uma rede na Pensilvânia, Estados Unidos, considerada com uma líder em cuidados médicos, está buscando diminuir as readmissões focando-se no por que as pessoas foram hospitalizadas pela primeira vez. Por exemplo, as que sofreram procedimentos cirúrgicos estão sendo educadas sobre o que elas devem esperar assim que saiam da internação, as medicações que devem tomar e a reconhecerem quando suas condições médicas estão piorando. Com esses esforços, esta Instituição visa diminuir em 20% as readmissões.

O problema da rehopitalalização no Brasil também é um problema sério, refletindo na qualidade de vida das pessoas e em ônus ao sistema de saúde. Parte dessas pessoas é idosa e conta com assistência médica precária pós-internação. Segundo Paz (2004), “recomenda-se a adoção de atividades voltadas para educação em saúde, durante a internação hospitalar, com o propósito de otimizar a assistência, diminuir as rehospitalizações e promover a qualidade de vida do idoso e de sua família”.

Referências

ABELSON, R. Study Finds Many on Medicare Return to Hospital. The New York Times Online, 01 abr. 2009.

JENCKS, S. F. et al. Rehospitalizations among Patients in the Medicare Fee-for-Service Program. New England Journal of Medicine, v. 360, n. 14, p. 1418-1428, abr. 2009.

PAZ, A. A. Características de pessoas idosas em condições de alta hospitalar associadas à rehospitalização. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2004.


Autor: Marli Appel - Equipe Sis.Saúde
Fonte: Vide Referências

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