Os scanners corporais de raios X, utilizados em alguns aeroportos, principalmente nos Estados Unidos, podem ser perigosos para a saúde. A conclusão é de um grupo de pesquisadores das universidades americanas de John Hopkins e da Califórnia.
Segundo Michael Love, que chefia um laboratório que estuda os raios X no departamento de biofísica da universidade, o risco é mínimo, “mas, estatisticamente, alguém vai contrair câncer de pele por causa destes raios X".
- Nenhuma exposição a raios X pode ser considerada benéfica. Sabemos que são perigosos, mas nos aeroportos as pessoas têm tal necessidade de viajar, que estão dispostas a arriscar a vida desta forma.
Em 2007, o departamento americano encarregado da segurança nos transportes (TSA, na sigla em inglês) começou a utilizar os scanners corporais, que mostram todo o corpo humano, nos aeroportos do país.
Seu uso se generalizou neste ano, após a compra de 450 novos scanners. Além deles, 315 novos scanners integrais de raios X são usados atualmente em 65 aeroportos americanos, segundo a TSA.
Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia advertiu contra "os riscos potencialmente graves para a saúde" que representam estes scanners, em uma carta enviada em abril ao departamento de ciência e tecnologia da Casa Branca.
Na carta, o bioquímico John Sedat e seus colegas explicam que a maior parte da energia que provém desses scanners é absorvida pela pele e pelos tecidos subcutâneos.
O departamento de ciência e tecnologia da Casa Branca respondeu às preocupações somente nesta semana, dizendo que os scanners foram testados "em profundidade" pelas agências governamentais americanas e respeitam as normas de segurança. Para o pesquisador, no entanto, a resposta foi considerada "insuficiente".