A Caderneta do Adolescente, um dos instrumentos da política de Saúde do Adolescente na rede pública, está implantada em 68 cidades gaúchas, e mais de 160 municípios já receberam treinamento para a efetivação dos trabalhos, com 480 profissionais capacitados. O RS é o único estado do país com esta política implantada de fato, além de outros avanços na área da saúde do homem, da etnia negra, indígena e prisional. As informações foram divulgadas pela secretária-adjunta da Saúde do Estado, Rejane Richter, durante o Encontro que discutiu os Avanços e Perspectivas na Implantação da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e da Caderneta de Saúde de Adolescentes. O evento foi promovido pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) no Hotel Ritter, em Porto Alegre, e se encerra amanhã.

O encontro também visa apresentar as experiências dos municípios onde o documento já está implantado, cuja ação vem sendo realizada há um ano, gradativamente, à medida que os servidores são capacitados, de forma articulada com a educação. O relato do trabalho realizado pelos profissionais das Secretarias Municipais de Saúde oportunizará o debate sobre as dificuldades encontradas, sugestões e soluções, bem como perspectivas futuras. A caderneta é um instrumento de cidadania para os adolescentes e reúne informações sobre como evitar doenças, mudanças no corpo, sexualidade, e traz ainda orientações sobre saúde sexual e reprodutiva, saúde bucal e alimentação e calendário vacinal, entre outros itens.

A diretriz da Caderneta do Adolescente é do Ministério da Saúde, que as envia para as Secretarias Estaduais. Este, por sua vez, encaminha para as Coordenadorias de Saúde, que as repassa para os municípios que apresentam um plano de ação. Ela dá continuidade à Caderneta da Criança, que é usada até os 10 anos. Cada município elabora sua própria estratégia, que pode ser a sua utilização por meio das escolas ou dos postos de saúde, por meio da Estratégia de Saúde da Família. O foco é na atenção básica. A idéia é que o adolescente tenha uma consulta anual com médico; semestral, com enfermeira, além de avaliação odontológica e com a assistente social.

A palestra de abertura do evento, pela manhã, abordou os Avanços e Perspectivas na Implantação da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e da Caderneta de Saúde de Adolescentes - Equipe Saúde de Adolescentes SSCA/DAS/SES: Enfermeira Fulvia Camporese Schuster, Assistente Social Maristela Costa de Oliveira, Médica Anna Elizabeth de Miranda, Psicóloga Berenice do Canto, seguido pela Mesa Redonda "Adolescência: Direitos e Responsabilidades", com a Coordenadora: Lilian Day Hagel - Hebiatra do HCPA e do HNSC - Coordenadora da Linha de Cuidado do Adolescente do GHC, com as seguintes participações: Jovem Multiplicadora de Cidadania Ana Paula Arosi - ONG -Themis, João Celestino Trindade Quadros - Pediatra Hebiatra do HNSC/GHC, Virgínia Feix - Coordenadora da Cátedra de Direitos Humanos do Centro Universitário Metodista - IPA e da Procuradora Maria Ignez Franco Santos - Coordenadora do CAO da Infância e da Juventude - Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. O encontro prossegue até amanhã com os relatos das experiências nas cidades com o processo em andamento.