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24/11/2010

Home care busca modelos para manter crescimento

Criado há cerca de 15 anos, o mercado brasileiro de atendimento médico domiliciar, enfrenta um impasse e busca novas ferramentas para manter o crescimento de 20% previsto para este ano

O impasse é porque as empresas de "home care" precisam considerar, ao mesmo tempo, os interesses dos hospitais e dos planos de saúde. Atualmente, os hospitais privados sobrecarregados de pacientes incentivam o atendimento domiciliar na tentativa de desafogar um pouco os seus leitos, abrindo espaço para os casos mais complexos. Na outra ponta, as operadoras de planos de saúde olham com certa preocupação o "home care", que em um primeiro momento reduz entre 30% e 40% os custos com pacientes, mas no longo prazo pode encarecer a conta médica.

O curioso é que, no começo da década, esse cenário era exatamente o oposto. Os hospitais viam as empresas de "home care" como concorrentes, uma vez que eles perdiam receita quando o paciente migrava para o atendimento domiciliar. Os planos de saúde eram favoráveis devido à promessa de diminuição de gastos.

A situação se inverteu ao longo dos anos porque muitas pessoas entraram com pedidos de liminares na Justiça solicitando o prolongamento do atendimento médico em casa. Em paralelo, algumas empresas de "home care" também alongavam de forma desnecessária o tempo do tratamento.
"Muitas pessoas não entendem quando o atendimento do médico em casa não é mais necessário, e que pode ser feito pela família. Elas querem que o paciente continue com o 'home care' e entram com liminar na Justiça, que normalmente concede o pedido. O custo para as operadoras fica maior do que se ele estivesse no hospital, que dá a alta médica e o custo termina por aí", diz Arlindo de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).

Na tentativa de deixar para trás essa imagem negativa, as empresas de "home care" foram em busca de novas ferramentas de trabalho, como parcerias com as operadoras de planos de saúde. Alguns grupos que prestam atendimento médico em casa estão compartilhando o risco com os convênios.

"Para acabar com o estigma do mercado de que o paciente fica mais tempo do que o necessário, agora fazemos um contrato determinando o prazo em que o paciente terá alta. Se ultrapassar esse período, nós arcamos com o custo adicional", disse José Eduardo Ramão, sócio da Home Doctor, que prevê fechar o ano com receita de R$ 85 milhões.

O Hospitalar Santa Celina também está trabalhando com gerenciamento de risco. "Se passar do período predeterminado, arcamos com uma parte do custo extra. Se houver uma eventualidade com o paciente, como uma parada cardíaca, o prazo é automaticamente reavaliado", disse Ana Elisa de Siqueira, sócia do Hospitalar Santa Celina.

As empresas de "home care" também estão oferecendo outros serviços para engordar a receita. A Hospitalar Santa Celina presta serviços de gerenciamento de risco de clientes dos planos de saúde com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. "Para cada R$ 1 investido em prevenção, conseguimos uma economia de R$ 1,50 ao evitar despesas como internação, por exemplo", disse Ana Elisa.

A segmentação é opção de algumas empresas. Além do atendimento a bebês e crianças, a Pediatric Home oferece serviço de "baby care": uma enfermeira atende as mães de primeira viagem. A empresa é uma das únicas especializadas em atendimento domiciliar pediátrico. "Surgiram muitas empresas nos últimos anos e a especialização é o caminho", disse Jefferson Ladeia, fundador da Pediatric Home.

A fim de regulamentar o setor, que hoje conta com cerca de 250 empresas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou no começo deste ano que a operadora que oferecer o serviço de "home care" é obrigada a dar na casa do paciente o mesmo nível de atendimento médico que era prestado no hospital.


Autor: Redação
Fonte: Valor Econômico

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