Pesquisadores americanos descobriram que uma técnica especializada de ressonância magnética, chamada de espectroscópica (MRS, na sigla em inglês), pode ajudar no diagnóstico de encefalopatia traumática crônica. Essa doença é causada por traumas repetitivos na cabeça e é bastante comum em atletas. Em geral, a identificação desse problema só ocorre durante a autópsia, após a morte do paciente.
Os cientistas do Hospital de Brigham da Mulher, em Boston, nos Estados Unidos, divulgaram o resultado da descoberta nesta quarta-feira (1º). De acordo com o médico Alexander Lin, principal autor do estudo, as lesões sofridas pelos atletas podem causar danos devastadores no cérebro.
Por causa desses traumas, a encefalopatia traumática crônica ficou em evidência. Os golpes sofridos por atletas de esportes de contato é cada vez mais preocupante.
A encefalopatia traumática crônica é uma doença degenerativa que causa acúmulo de proteínas anormais no cérebro. Ela causa dificuldade de memória, comportamento impulsivo, depressão e, eventualmente, demência.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção a Doenças, órgão do governo americano, atividades de esporte e lazer causam cerca de 3,8 milhões de concussões cerebrais a cada ano. Alguns desses traumas, no entanto, não são identificados.
Esses traumas podem causar problemas cerebrais temporários ou até danos permanentes de longo prazo.
Segundo Lin, os traumas repetidos provocam alterações no cérebro.
A técnica de ressonância magnética espectroscópica é um método não-invasivo que permite que permite detectar precocemente a encefalopatia traumática crônica antes de a doença causar danos irreversíveis.