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Pesquisa nacional confirma interferência dos planos na atividade médica
 
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02/12/2010

Pesquisa nacional confirma interferência dos planos na atividade médica

Resultados foram apresentados em coletiva de imprensa na APM; médicos denunciam abusos e sugerem mobilização da sociedade

Após divulgar, em setembro, pesquisa Datafolha sobre o relacionamento entre os médicos do estado de São Paulo e as operadoras de planos de saúde, a Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), divulgou resultados nacionais da amostra. Os dados, apresentados em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 1/12, seguem a tendência de São Paulo: 92% dos médicos de todo o Brasil revelam que há interferência dos planos de saúde em sua atividade. As glosas de procedimentos ou medidas terapêuticas permanecem no topo do ranking como o maior problema, com 78% das citações. Em seguida são citadas as interferências no número de exames e procedimentos (75%). Segundo Paulo Luis Gomes Alves, representante do Datafolha que apresentou dos dados, vale destacar também as restrições a doenças preexistentes e a interferência em atos diagnósticos e terapêuticos mediante designação de auditores, práticas citadas por sete em cada dez médicos.

Para José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, os planos de saúde "aplicam uma matemática perversa com a finalidade exclusiva de reduzir custos". "Enquanto isso - disse ele - os pacientes não fazem ideia dos problemas que vivemos com os planos".

A pesquisa ainda revela a forte dependência dos médicos em relação aos planos de saúde, tal qual os demais prestadores de serviços de saúde (em recente pesquisa encomendada pelo SINDHOSP ao Vox Populi, hospitais, clínicas e laboratórios mostraram que cerca de 67% de seu faturamento vem das operadoras de planos de saúde). No caso dos médicos, oito em cada dez atendimentos em consultórios são provenientes de planos ou seguros de saúde, segundo o Datafolha. Para Jorge Carlos Machado Cury, a situação é insustentável, devido às interferências e aos valores irrisórios pagos pelos honorários médicos. "Está ficando impraticável manter um consultório. Já se abriu o mercado paralelo aos planos, no qual o médico ajusta com o paciente um valor aceitável a ser pago pela consulta".

Para todos os representantes de entidades, presentes à coletiva, a Agência Nacional de Saúde (ANS) precisa intervir de forma mais enfática na relação entre planos e prestadores de serviços. A contratualização, a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos e a efetiva utilização das Diretrizes Médicas são três etapas que, segundo os médicos, precisam ser cumpridas em nome da melhoria na assistência.

Representando os consumidores, a coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci, disse defendeu posicionamento mais claro da ANS. "A Agência hoje está mais voltada para os interesses das empresas de planos de saúde, deixando de lado os prestadores e os usuários.

Estiveram presentes na coletiva: Jorge Carlos Machado Cury, Florisval Meinão e Tomás Patricio Smith-Howard (presidente, vice e diretor de Defesa Profissional da APM, respectivamente); José Luiz Gomes do Amaral (presidente da AMB); Marilene Melo (Associação Nacional das Mulheres Médicas); Cid Celio Jayme Carvalhaes e Otelo Chino Junior (presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do estado de São Paulo - Simesp e secretário de Comunicação do Simesp); Luiz Alberto Bacheschi (presidente do Conselho Regional de Medicina - SP); Aloisio Tibiriçá Miranda (vice-presidente do Conselho Federal de Medicina) e Maria Inês Dolci (Pro Teste).


Autor: Imprensa
Fonte: SindHosp

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