Cientistas da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, criaram testes para mostrar quando pessoas com a doença de Alzheimer não devem mais dirigir. Os resultados mostraram que pessoas com o mal cometem em média 22% mais infrações no trânsito em comparação a idosos saudáveis.
Como no primeiro estágio da doença o portador revela-se apenas um pouco esquecido, os médicos normalmente o advertem para evitar avenidas movimentadas e dirigir a noite. Mesmo assim, alguns portadores não gostam de se sentir dependentes e teimam em continuar dirigindo normalmente.
Entretanto, os resultados da pesquisa mostraram-se bastante preocupantes. Jeffrey Dawson, principal autor do estudo, e sua equipe desenvolverem o “NIRVANA” (sigla em inglês para Nissan-Iowa instrumentado para investigação avançada em neurociência). O NIRVANA é um veículo equipado com instrumentos que avaliam a quantidade de infrações cometidas pelo motorista.
Os pesquisadores recrutaram 40 pessoas no início da doença de Alzheimer e que ainda tinham a sua carteira de motorista, e 115 condutores idosos sem qualquer tipo de demência.
Os resultados, relatados na revista Neurology, são impressionantes: em média, os condutores com a doença cometeram 42 infrações de segurança, em comparação com 33 infrações dos outros condutores.
A infração mais cometida pelos portadores de Alzheimer foi a de não respeitar as limitações de cada faixa, mesmo com carros vindos no sentido oposto.
Contudo, alguns portadores de Alzheimer dirigiram tão bem quanto os idosos saudáveis, afirma o doutor Dawson. Por isso, os especialistas estão desenvolvendo testes neuropsicológicos para avaliar previamente se uma pessoa está ou não apta a dirigir.
Os testes neurológicos indicaram que pessoas com a capacidade do cérebro trabalhar em conjunto as partes respectivas às funções cognitivas, visuais e motora s conseguem tomar decisões rápidas e por isso podem dirigir.
Os portadores de Alzheimer que tiveram média semelhante aos idosos saudáveis se mostraram aptos a dirigir. Contudo, os que tiveram menor pontuação nas provas cometeram em média 50% mais erros em comparação com as pessoas sem demência.
O Dr. Dawson ressalva que mais pesquisas são necessárias, pois, o objetivo do estudo é criar um teste prático para as autoridades encarregadas poderem testar rapidamente se alguns idosos ainda podem dirigir.
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