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EUA proíbem bebidas que misturam álcool e cafeína
 
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14/12/2010

EUA proíbem bebidas que misturam álcool e cafeína

Compostos energéticos contêm 3 vezes mais cafeína que um espresso tradicional, afirma órgão americano

Bebidas alcoólicas com cafeína foram retiradas das lojas nos Estados Unidos após relatos de que causariam reações adversas.

Entre as marcas proibidas estão a Four Loko, vendida em lata. A bebida, altamente energética, com sabor de frutas, contém álcool em concentração de 12%, o que a torna três vezes mais forte do que a cerveja comum, além de uma quantidade de cafeína equivalente a dois cafés expressos.

Por determinação da Food and Drug Administration (FDA), órgão que controla o setor de alimentos nos Estados Unidos, a marca Four Loko não poderá continuar a ser vendida na fórmula original. A nova versão não conterá cafeína.

Comentando a decisão da FDA, Joshua M Sharfstein, vice-comissário da organização, citou pesquisas que indicam que a mistura de cafeína e álcool representa um "risco à saúde pública".

Estudos

Uma pesquisa feita pela Universidade da Flórida com 802 estudantes que haviam misturado álcool e cafeína concluiu que eles estavam três vezes mais propensos a sair do bar muito embriagados e quatro vezes mais propensos a dirigir, em comparação com estudantes que não beberam álcool em combinação com cafeína.

A cafeína é um estimulante natural que aumenta a atenção e o ritmo dos batimentos cardíacos. O álcool, por sua vez, é um calmante que produz letargia e perda das faculdades normais.

"Quando alguém mistura os dois, acreditamos que a cafeína mascara os efeitos calmantes do álcool", explicou Bruce Goldberger, um toxicologista da University of Florida envolvido na pesquisa.

"Nossa pesquisa mostrou que a percepção da pessoa em relação ao seu grau de debilitação foi mascarada pelo efeito estimulante causado pela cafeína".

Goldberger acha que a combinação leva mais estudantes a ficar acordados por mais tempo, e portanto, a beber mais.

Outro estudo, feito pela Wake Forest university, na Carolina do Norte, com a participação de 697 estudantes, revelou que os que haviam consumido bebidas alcoólicas com cafeína tinham mais propensão a dirigir bêbados, abusar sexualmente de outra pessoa ou acabar precisando de tratamento médico.

"Meu amigo bebeu um pouco menos do que três latas em uma hora", disse o estudante James Kulinski à BBC. "Ele não sabia o que estava fazendo. Ficou totalmente descontrolado. Não tinha coordenação nem capacidade de se comunicar".

Defesa

Criada por três amigos que se conheceram na universidade, a bebida Four Loko chegou às lojas em 2008.

O fabricante, Phusion Projects, nega afirmações de que a bebida produz o envenenamento por álcool.

"Temos argumentado repetidamente (...) que a combinação de álcool e cafeína é segura", diz uma declaração dos criadores da marca.

"Se fosse insegura, combinações populares como rum e coca-cola ou Irish coffee (café, uísque, creme de leite e açúcar), que vêm sendo consumidas de forma segura e responsável por anos, teriam recebido a mesma atenção que os nossos produtos mereceram".

Outros locias, no entanto, estão adotando medidas semelhantes às da FDA americana.

O México já proibiu vendas de bebidas alcoólicas com cafeína em bares e casas noturnas.

No Canadá, apenas cafeína derivada de fontes naturais, como o guaraná, pode ser adicionada.

Na Austrália, as autoridades estão considerando a questão, e na Escócia o partido Trabalhista pediu que as bebidas sejam proibidas.


Autor: BBC Brasil
Fonte: UOL Ciência e Saúde

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