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Projeto vai aprimorar detecção de tuberculose em pessoas vivendo com HIV/aids
 
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14/12/2010

Projeto vai aprimorar detecção de tuberculose em pessoas vivendo com HIV/aids

Ação conta com financiamento da USAID, no valor de US$ 750 mil dólares. Projeto-piloto terá duração de um ano e envolverá 13 municípios da Região Sul

Vinte e quatro Serviços Ambulatoriais Especializados (SAE) de 13 cidades da Região Sul vão integrar um projeto-piloto que visa reduzir casos de tuberculose nas pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). A partir deste mês, serão realizadas ações para sensibilizar e capacitar equipes com o objetivo de melhorar o diagnóstico e o tratamento oportuno de pacientes infectados pelo bacilo de Koch, que causa a tuberculose. Uma das atividades será a realização de oficinas destinadas aos profissionais de saúde para orientá-los quanto à detecção da doença nas pessoas que procuram os SAE. Nos casos em que a tuberculose for detectada, o tratamento, com duração de seis meses, será iniciado imediatamente. Os principais sinais e sintomas são tosse por mais de três semanas, febre e emagrecimento.

A ação é resultado de um projeto elaborado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) e o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde cujo objetivo é fortalecer ações de tratamento e prevenção de tuberculose entre pessoas vivendo com HIV/aids. O projeto conta com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e terá duração de um ano, podendo ser renovado por período equivalente. Embora seja de curta duração, a ação deve servir de modelo para a expansão de projetos semelhantes nos estados e municípios.

Foram selecionados municípios com prevalência de 20% ou mais de casos de HIV em pessoas com tuberculose, percentual considerado alto pelo Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, o projeto beneficiará Porto Alegre e outros 9 municípios da Região Metropolitana (Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Gravataí, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Viamão). Em Santa Catarina, as cidades contempladas são Florianópolis e Itajaí, e no Paraná, o município de Paranaguá.

Nessas cidades, também estarão envolvidos no projeto representantes da sociedade civil como Organizações Não Governamentais (ONG) e os conselhos estaduais e municipais de saúde.

No Ministério da Saúde, o acompanhamento da ação será realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), por meio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) e do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Quanto aos parceiros internacionais, além da USAID, que repassará US$750 mil dólares ao projeto, haverá a participação da ONG MSH – Management Sciences for Health (Gerenciamento da Ciência da Saúde), responsável pela execução financeira junto aos municípios.

Basicamente, a ação consistirá na aplicação de três orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que são: investir no tratamento preventivo com isoniazida, medicamento usado no esquema profilático contra a tuberculose; intensificar a busca de casos entre as pessoas portadoras do HIV e/ou aids; e tratar os casos que forem encontrados.

Modelo

Um dos resultados esperados do projeto-píloto é a definição de um modelo de avaliação clínica das PVHA para a detecção precoce da tuberculose, o que hoje constitui um desafio, uma vez que a tosse por mais de três semanas nem sempre é o sintoma mais frequente da doença.

“É necessário investigar diversas associações de sinais e sintomas para antecipar o diagnóstico”, diz o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), Draurio Barreira. “Com o tratamento oportuno dos casos, podemos reduzir óbitos pela doença nas pessoas coinfectadas”, completa. O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco, lembra que, dos casos diagnosticados de tuberculose no Brasil, cerca de 10% são de pessoas também infectadas com o HIV. “O diagnóstico precoce em pessoas vivendo com HIV/aids é, certamente, um passo importante para o controle das duas infecções”, ressalta.

O projeto também estimulará a implantação do Tratamento Diretamente Observado (TDO) de tuberculose nos SAE dos municípios, estratégia de acompanhamento de casos que favorece o cumprimento adequado do longo esquema terapêutico. Além disso, pretende-se melhorar sistemas de informação, realizar uma avaliação do nível de conhecimento sobre a tuberculose entre pessoas vivendo com HIV e aids e fazer uma avaliação dos serviços de saúde nos municípios.

O diagnóstico da tuberculose em pessoas vivendo com HIV é recomendado pelo Ministério da Saúde e um direito do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, cabe aos estados e municípios a inclusão do diagnóstico de tuberculose no protocolo de atendimento aos pacientes nas unidades de saúde que acolhem pessoas soropositivas.

Situação

No Brasil, são registrados aproximadamente 70 mil novos casos de tuberculose por ano com cerca de 5 mil óbitos. Na Região Sul, foram 9.048 novas notificações em 2009, sendo 5.036 no Rio Grande do Sul, 2.361 no Paraná e 1651 em Santa Catarina.

Autor: Carolina Valadares
Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

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