Batatas fritas gordurosas e fatias de pizza altamente calóricas são itens comuns em bandejas de refeitórios das escolas públicas americanas, mas uma nova lei relacionada à nutrição infantil assinada pelo presidente Barack Obama vai dedicar mais fundos federais para melhorar a merenda escolar.

"Essa ação ajudará a combater a obesidade infantil, reduzindo o teor de gordura e calorias das refeições escolares", explica Marion O. Burton, presidente da Academia Americana de Pediatria.

Além de contribuir com a melhoria do conteúdo nutricional, o projeto vai ampliar o número de refeições servidas às crianças nas escolas. Embora questões de obesidade infantil e da fome possam parecer contraditórias, "são faces da mesma moeda", diz Jim McGovern ao The New York Times. "Alimentos hipercalóricos são mais baratos que os frescos e nutritivos". Aumentar aa verbas para as escolas deve ajudar a preparar opções de refeições mais saudáveis para os alunos.

A lei, de 84 páginas, dita parâmetros para a nutrição e conteúdo calórico de refeições escolares, bem como outros alimentos disponíveis na escola, incluindo produtos de máquinas de venda automática. A lei estabelece também normas de saúde para a comida servida para as crianças em outros contextos, como creches, e exige que as instituições tenham água potável disponível gratuitamente durante todas refeições.

A obesidade infantil, que afeta cerca de 17% das crianças dos EUA, tem implicações de curto e longo prazo de questões médicas. A nova lei deverá ter impacto nas economias locais, pois determina um crédito de US$ 40 milhões para financiar o aumento da produção dos alimentos nas escolas.