A partir de primeiro de julho de 2011, hospitais de Israel não vão mais utilizar mamadeiras de plástico contenham bisfenol A (BPA). Essa notícia foi anunciada dia30 de dezembro pelo Ministério da Saúde israelense. O BPA é um produto químico usado na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebida e comida. Mais de 200 pesquisas já associaram o bisfenol A a uma maior incidência de obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer na próstata e mama, puberdade precoce e tardia, abortos, anormalidades no fígado em adultos e também problemas cerebrais e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos. O químico também foi associado a problemas sexuais em homens como a diminuição da qualidade e da quantidade de esperma.
De acordo com o professor Itamar Grotto, que trabalha no ministério e é responsável pelo departamento de saúde pública, o objetivo a longo prazo é proibir a venda de mamadeiras feitas com bisfenol A, assim como foi feito no Canadá.
Novos estudos com animais sugerem que mesmo concentrações muito pequenas de bisfenol A podem prejudicar o desenvolvimento do cérebro, o comportamento e o sistema hormonal, principalmente de fetos, bebês e crianças pequenas.
A união europeia já proibiu o uso de bisfenol A na fabricação de mamadeiras. A medida é válida a partir de 2011. A Organização Mundial da Saúde organizou uma conferência em 2010 só para discutir o assunto. Em 2008 o governo americano incluiu o bisfenol A na lista de substâncias tóxicas, mas não baniu seu uso. Oito estados americanos já descontinuaram o uso de BPA na fabricação de produtos infantis.
A principal fonte de contaminação pelo BPA é através da dieta alimentar, já que ele migra da embalagem plástica ou metálica para o alimento ou bebida, entrando assim na corrente sanguínea.
Notícia originalmente publicada no The Jerusalem Post em 30 de dezembro de 2010.