Cerca de 81% das pessoas com acesso à internet usam a rede para pesquisa sobre aconselhamento em saúde, remédios e condições médicas, segundo uma pesquisa internacional da London School of Economics (LSE) divulgada nesta terça-feira, 4. Apesar de esse número crescer cada vez mais, poucos ainda checam as fontes das informações.
O estudou ouviu mais de 12 mil pessoas no Reino Unido, Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Rússia, Espanha e Estados Unidos.
Os russos são os que mais buscam esse tipo de informação na web. Em seguida, vêm China, Índia, México e Brasil. Os franceses são os que menos procuram.
De acordo com o relatório, encomendado pelo convênio médico privado Bupa, os smartphones e tablets - que devem vender mais que computadores pessoais até 2012 - têm oferecido cada vez mais informações online sobre saúde.
A pesquisa também mostra que 68% dos internautas já usaram a internet para procurar informações sobre medicamentos específicos e quase 40% entram em sites para conhecer experiências de outros doentes.
"Novas tecnologias estão ajudando pessoas em todo o mundo a descobrir mais sobre sua saúde e a tomar decisões bem informadas. No entanto, é preciso se certificar de que as informações encontradas vão torná-las melhores, não piores", disse David McDaid, pesquisador sênior da LSE.
No Reino Unido, onde a Bupa previu que haveria 40 milhões de visitas em sites de saúde só nesta semana, especialistas alertam que os conteúdos online ainda precisam de fontes confiáveis e as pessoas lutam para saber em que confiar.
O levantamento descobriu que, dos 73% de ingleses que dizem procurar informações de saúde na rede, mais de 60% procuram dados sobre remédios e 58% usam os as buscas para fazer autodiagnóstico. Além disso, apenas 25% verificam de onde vem esse aconselhamento online.
"Confiar em informações duvidosas pode facilmente levar as pessoas a assumir riscos com testes e tratamentos inadequados, desperdiçando dinheiro e causar preocupação desnecessária", disse Annabel Bentley, diretora médica da Bupa. "Da mesma forma, as pessoas usam a internet para descartar sintomas graves, quando deveriam receber conselhos de um médico."