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Equipes de saúde no RJ se preparam para mais casos de leptospirose
 
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20/01/2011

Equipes de saúde no RJ se preparam para mais casos de leptospirose

Órgãos de vigilância pedem que doações incluam material de limpeza

As equipes de saúde que atendem as vítimas das enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro se preparam para um aumento no número de casos de doenças ligadas a alagamentos, como tétano, leptospirose e diarreias, nos próximos dias, segundo o superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sesdec-RJ), Alexandre Chieppe.

"O crescimento dos casos por conta de lama ou água contaminada ainda não existe nos serviços de saúde montados, mas é claro que nós estamos nos preparando para isso nos próximos dias", afirmou Chieppe. "O período de incubação das doenças fica entre 3 e 45 dias, dependendo da patologia." Por enquanto, os atendimentos se concentram nos ferimentos ligados diretamente aos acidentes na hora da chuva.

Veja doenças de enchentes e o que fazer ao detectar os sintomas

Ainda não há, segundo Chieppe, um aumento na incidência de casos de leptospirose, diarreias agudas e hepatite A. "Nós vamos manter todos os hospitais de campanha e todos os serviços montados, esperando o aumento no número de pacientes. Caso isso não ocorra, ótimo. Mas nós trabalhamos com a possibilidade desse crescimento acontecer", disse Chieppe.

- Leptospirose

A mais famosa das patologias durante épocas de alagamentos ocorre por conta da urina de ratos, que atinge um número maior de pessoas ao ficar diluída nas águas acumuladas nas vias públicas. Entre os sintomas, há aqueles mais leves, similares a resfriados e gripes, como dores nas panturrilhas e febre até quadros mais graves como pele amarelada (icterícia), mau funcionamento dos rins e até hemorragias ligadas aos pulmões. Os primeiros sintomas podem aparecer entre 7 a 10 dias após o contato com a, segundo os médicos.

- Quadros de diarreia

Diarreias causadas por vírus, bactérias e até protozoários podem surgir, representando risco de desidratação especialmente para crianças e idosos. Desconforto abdominal, fezes líquidas, com sangramento ou muco são alguns dos indícios da doença. Os sintomas aparecem, em média, após 3 dias e o tratamento envolve muita hidratação e, no caso de causas bacterianas, a recomendação de antibióticos, sempre feita por médicos.

- Hepatite A

Normalmente transmitida por meio de alimentos mal lavados, a hepatite A também pode surgir com a ingestão acidental de água das chuvas, que contenham Os sintomas envolvem dores abdominais, febre, pele e olhos amarelados, além de uma urina escura. O período para o surgimento dos primeiros sintomas está entre 15 a 45 dias, o que aumenta a necessidade de alerta da população para os sintomas nesta época do ano.

- Tétano

A confusão criada pelas chuvas pode levar a arranhões e hematomas nas vias públicas e mesmo dentro das casas, com o aparecimento do tétano. Sintomas como febre, dor de cabeça, calafrios e rigidez no pescoço, membros e na mandíbula podem indicar a patologia.

- Dengue

Apesar de ser cuja incidência aumenta no verão, o aumento das chuvas representa risco pelo acúmulo de água em pneus, canaletas e recipientes. Caracterizada por febre alta e sintomas como dores nas articulações, cansaço, enjoo e manchas na pele. Os sintomas começam a surgir geralmente entre 5 e 7 dias após o contágio.

Saiba como se prevenir

Para evitar a incidência de doenças ligadas a enchentes, a orientação é evitar o contato com água e lama, assim como tentar, na medida do possível, manter a casa limpa.

"Para quem não tem acesso a luvas e galochas, é possível usar sacos plásticos bem amarrados para envolver mãos e pés na hora de lavar a casa invadida por água", diz Chieppe.

Na limpeza, a recomendação é usar água sanitária. Por isso, a Vigilância Sanitária pede a quem quer fazer doações que inclua o produto nas remessas, assim como outros produtos. "Água sanitária é indispensável na limpeza, não adianta usar só água e sabão, é preciso fazer uma lavagem completa, não deixar sujeira sobrando ou algum foco para surgimento de doença" afirma o superintendente.

Preocupação

Uma das principais preocupações da Vigilância Sanitária fluminense é o tétano. Vacinas contra a doença e a difteria foram distribuídas nas cidades da Região Serrana. "Sobre o tétano, a nossa ação foi distribuir as imunizações, mas nós já temos uma boa cobertura contra essa patologia no Rio de Janeiro", afirma Chieppe.

A recomendação da Vigilância aos funcionários das redes pública e particular de saúde é redobrar a atenção para pessoas com sintomas como dor no corpo e febre. "Especialmente para os atendidos com origem na Região Serrana, por precaução, é preciso assumir que todos estiveram em contato com as enchentes", diz Chieppe.

Ele também lembra que os mesmos sintomas podem representar diversas doenças. "No início do desenvolvimento da doença, a presença do médico é importante para saber distinguir aquilo que parece leptospirose de uma gripe ou hepatite A", afirma.

Autor: Redação
Fonte: G1

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