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Proteína em tumores pode indicar se câncer vai se espalhar
 
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03/02/2011

Proteína em tumores pode indicar se câncer vai se espalhar

Indício de metástase ocorre se nível dentro dos tumores for maior do que nos tecidos

Cientistas descobriram uma forma de detectar se um câncer vai se propagar ou reaparecer, com o exame de uma determinada proteína encontrada dentro do tumor, revelou um estudo publicado nesta terça-feira (1º) na revista Clinical Investigation.

A descoberta pode dar indícios mais precisos sobre as chances de sobrevivência do que o atual método de classificação das etapas do câncer, que vai de um a quatro anos, segundo os pesquisadores.

Se esse exame puder ser desenvolvido para utilização em larga escala, o que ainda devem demorar anos, ele ajudará os médicos a decidir quando tratar agressivamente um tumor para evitar uma metástase (quando o tumor se espalha para outras partes do corpo), que costuma ser mortal, explica  a autor da estudo Y. Peng Loh, da seção de neurobiologia celular do Instituto Nacional americano de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (NICHD, na sigla em inglês).

- Este biomarcador pode ser útil para muitos tipos de câncer. É muito importante saber quando um câncer tem o potencial de se propagar.

Atualmente não há biomarcadores precisos que possam fornecer este tipo de previsões e o prognóstico é determinado de acordo com a etapa em que se encontra o câncer, afirma Loh.

Esta nova variante da proteína carboxipeptidase E (CPE), que no geral está envolvida no processo de hormônios como a insulina, foi descoberta por cientistas dos Institutos de Saúde americanos e da Universidade de Hong Kong.

A proteína, CPE-delta N, está presente em altos níveis em células tumorais metastáticas de vários tipos de câncer, entre eles os de fígado, mama e cólon, o suprarrenal e o de pescoço e cabeça.

O estudo, com oito anos de duração, se concentrou em 99 pacientes com câncer de fígado em etapas de um a quatro, os quais tiveram examinadas as células tumorais e o tecido circundante para detectar os níveis de CPE delta-N através da medição de ácido ribonucleico, que ajuda o corpo a produzir a proteína.

Quando o nível de CPE delta-N RNA nos tumores foi mais que o dobro daquele nos tecidos circundantes, "o câncer teve grandes possibilidades de reaparecer ou fazer metástase em dois anos", destacou o estudo.

- Neste nível ou abaixo deste nível, o câncer teve muito menos possibilidades de reaparecer.

Aplicando este método, os cientistas previram que o câncer faria metástase ou reapareceria em mais de 90% dos casos, e acertaram 76% das vezes que previram que o tumor não voltaria.

Em alguns casos, descobriram que a proteína indicava que o câncer voltaria em pacientes na segunda etapa, que normalmente teriam considerado livres de câncer e não receberiam atenção particular após a extirpação do tumor.

- Portanto, a proteína CPE delta N é um indicador melhor para avaliar a seriedade da doença do que as técnicas atuais por etapas.

Stephen Hewitt, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, um cientista que contribuiu com a investigação, também destacou que este método é melhor para diagnosticar o câncer, mas advertiu que levará tempo desenvolver a pesquisa e ainda demorará para que a técnica esteja disponível para o público.

Autor: Redação
Fonte: R7

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