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Alzheimer: baixa acuidade visual é fator de risco para o desenvolvimento da doença
 
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11/02/2011

Alzheimer: baixa acuidade visual é fator de risco para o desenvolvimento da doença

Pacientes idosos que vão ao oftalmologista pelo menos uma vez por ano reduzem em 63% o risco de desenvolver a demência

Segundo dados publicados no American Journal of Epidemiology, - Untreated Poor Vision: A Contributing Factor to Late-Life Dementia – o aparecimento de demências parece estar relacionado a uma baixa visão do paciente, pois idosos com baixa acuidade visual apresentam maior probabilidade de sofrer declínio cognitivo, ao longo do tempo. Mas este quadro pode ser revertido com uma visita anual ao oftalmologista. Os pesquisadores constataram uma redução de 63% no risco de demência com a realização de exames oftalmológicos preventivos.

O objetivo da pesquisa da Universidade de Michigan era analisar os diferentes procedimentos que precedem o aparecimento da demência. Relacionando dados do sistema de saúde e de aposentadoria, os pesquisadores americanos perceberam um déficit nos procedimentos relacionados à visão nas pessoas que foram diagnosticadas com algum tipo de comprometimento cognitivo ou demência.

Depois de perceber esta relação, os cientistas passaram a analisar o prontuário médico dos aposentados para determinar se a perda da visão resultou em déficit cognitivo. Foram incluídos neste estudo retrospectivo 625 idosos aposentados, cujo nível de conhecimento era normal no início da pesquisa. Durante a realização do estudo, 1992 a 2005, atenção especial foi dada às informações sobre pessoas que tinham cognição normal, aposentados que tinham problemas cognitivos, mas não tinham demência, e idosos que sofriam com algum tipo de demência.

Os pesquisadores concluíram que aqueles que tinham uma melhor visão, no início do estudo, apresentaram menor probabilidade de desenvolver demência. Apenas 9,7% daqueles que iniciaram o estudo com uma excelente visão passaram a desenvolver demência.

Já os indivíduos que não foram ao oftalmologista, durante o período da pesquisa, se saíram pior, apresentaram um risco aumentado de desenvolver Alzheimer. Os indivíduos com pior visão que não foram ao oftalmologista nos últimos 8 anos, apresentaram um risco 9,5% maior de desenvolver Alzheimer e um aumento de cinco vezes no comprometimento cognitivo, sem o desenvolvimento de demência.

Visão x Alzheimer

Para compreender corretamente as informações fornecidas pelo estudo americano, é preciso saber que a baixa capacidade visual causa alterações na estrutura do cérebro. "A visão adequada também é um requisito essencial para uma série de atividades diferentes que são preventivas ao aparecimento do Alzheimer. Atividade física, jogos, quebra-cabeças e palavras cruzadas fazem parte de um estilo de vida que colabora com o não aparecimento ou o retardamento do Alzheimer”, explica o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Os resultados do estudo não podem ser encarados como um teste preditivo, mas para fazer muitas das atividades mencionadas, é preciso ter uma boa acuidade visual. “Por exemplo, pessoas com perdas de visão por catarata ou retinopatia, que não recebem tratamento apropriado, em tempo, tornam-se funcionalmente incapacitadas mais cedo. Como resultado, esses pacientes poderão ser diagnosticados, um pouco mais cedo, com algum tipo de demência ou disfunção cognitiva. A baixa visão é como se fosse uma co-patologia aqui”, explica Centurion.

Muitos estudos anteriores já discutiam os problemas de visão dos pacientes diagnosticados com demência ou doença de Alzheimer. “O dado novo e animador quanto a este estudo é que os resultados mostraram uma melhora nos resultados cognitivos dos pacientes idosos que visitaram o seu oftalmologista pelo menos uma vez por ano”, destaca o diretor do IMO.

Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW Consultoria

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