Hipotireoidismo tem sequelas graves se não for tratado
Segundo o médico Eduardo de Rose, do COI (Comitê Olímpico Internacional) e da Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês), o medicamento usado para repor o hormônio da tireoide não está na lista de substâncias proibidas, que caracterizam doping.
"Não é considerado um hormônio que modifica a performance", diz Rose.
O princípio ativo do medicamento para hipotireoidismo é a L-tiroxina (levotiroxina). Há pelo menos quatro marcas no mercado: Synthroid, Euthyrox, Levoid e Puran T4.
De acordo com o endocrinologista João Roberto Maciel Martins, da Unifesp, o medicamento só repõe o que o organismo deveria produzir. É como alguém que tem diabetes por falta de insulina e precisa aplicar a substância.
"O metabolismo só vai ficar normal. Não faz sentido isso ser proibido. Se fosse assim, não teríamos nenhum atleta com hipotireoidismo", diz.
O presidente da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), Ricardo Meirelles, disse que as dosagens estão cada vez mais específicas, o que faz o tratamento ficar mais preciso.
"É preciso apenas que a pessoa volte ao médico para regular a dosagem de tempos em tempos."