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08/03/2012

Psicologia do Esporte

Entenda a relação entre corpo, mente, saúde e bem-estar

A aposentadoria do jogador de futebol Ronaldo emocionou muita gente. Primeiro por que o mundo perdeu um dos melhores jogadores da história do futebol e ninguém mais verá seus gols antológicos.
Segundo pela forma como sua carreira foi marcada por superação de contusões, frustrações e repercussão midiática de tudo que se relacionava a ele.

A melhor definição do jogador Ronaldo eu copio do Fernando de Barros e Silva (Folha de São Paulo) que cita José Miguel Wisnik (no livro: Veneno Remédio: o Brasil e o Futebol): “ Na sua fase áurea, os dribles funcionais, progressivos, sem preocupação ornamental e sem ênfase no jogo de cintura, mesmo que ornados de elásticos e pedaladas, mas articulados sempre com a perspectiva do arremate – além da avassaladora solidez do arranque, da velocidade e do equilíbrio -, fazem pensar numa curiosa mistura de futebol com Fórmula 1”.

O resto todo mundo já sabe... a questão que gostaria de abordar é sobre sua aposentadoria, que nos faz refletir como é duro a hora de se despedir daquilo que tanto amamos. Talvez a história da aposentadoria de Ronaldo sirva como uma lição para muita gente.

Embora saibamos que a vida é passageira e nenhuma atividade resiste para sempre, os vários momentos de término de uma fase da vida que antecede outra é sempre um momento sensível e se não estivermos preparados sofremos muito como parece ser o caso de Ronaldo.

Estou falando dos processos iniciatórios da vida. Em poucas palavras, esses processos são as rupturas causadas pelo fim de uma fase da vida e início de outra.

Desde criança, esse processo de finalizar e (re)começar algo se dá de forma constante. A escola é um bom exemplo disso. Ao terminar o período do jardim de infância a criança encerra uma fase que jamais será repetida, e ao mesmo tempo se inicia outra (ensino básico) que a levará ao mundo das primeiras letras e números... E assim por diante, até romper a adolescência, finalizar mais uma fase e iniciar a trajetória universitária.

Por todos os lados a vida é assim. Não importa do que falamos, se em qualquer situação a pessoa não se preparar adequadamente, essas transições da vida poderão ter uma repercussão emocional muito aguda e tensa.

Assim sendo, atletas (profissionais principalmente!) deveriam ao longo da carreira ser preparados para ao se aposentarem, aceitar com naturalidade (embora muitas vezes seja difícil!), essa “morte” (como disse Ronaldo em sua última entrevista coletiva como jogador).

Afinal de contas é isso mesmo, no decorrer da vida, há uma sequência de mortes e nascimentos de fases diferentes. O momento da aposentadoria do atleta profissional deveria então ser um objetivo a ser alcançado baseado em preparo e dedicação cuidadosos.

Há experiências muito positivas em alguns países. Vários professores que tive quando estudei na Rússia foram atletas olímpicos e famosos. Depois da aposentadoria estudaram até se tornarem doutores ou treinadores. Não quero dizer com isso, que essa deva ser uma regra ou um caminho único para os atletas. É apenas um exemplo de como a vida segue em frente, queiramos ou não, e é preciso escolher novos caminhos.

Ensinar e preparar atletas para a vida fora do ambiente competitivo, antes de ser um auxílio a esses, é uma possibilidade que a sociedade tem de usufruir outras e possíveis habilidades que aquela pessoa especial possui.

Ademais, não precisamos fazer tudo em alto nível, um ex-atleta pode contribuir em outras áreas em um alto nível ou mesmo de uma maneira mediana.

Lembremos que a vida profissional de um atleta (de uma maneira geral) dura no máximo 12 a 14 anos (ou três ciclos olímpicos!). O que significa que em torno de no máximo 34 anos chega à aposentadoria. Portanto, é fundamental perguntar: o que fazer com os próximos possíveis 40 anos?

O importante é reconhecer que a vida é muito maior que o esporte e mesmo aquele que ganhou muito dinheiro, precisa saber que viver bem é entre outras coisas, construir a cada momento o curso do nosso destino.

Autor: Renato Miranda
Fonte: Vya Estelar

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