A quimioterapia evoluiu. O tratamento dos mais diversos tipos de câncer está muito mais preciso e menos agressivo para o paciente, em virtude das constantes evoluções no campo da farmacologia e biologia molecular.
De acordo com o oncologista do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Dr. Rodrigo Rigo, alguns anos atrás a medicina utilizava drogas que atacavam as células de maneira indiscriminada, atingindo os tecidos normais. “Disso decorriam os principais efeitos colaterais do tratamento, além de resultados pouco animadores e elevadas taxas de mortalidade”, afirma o especialista.
Atualmente, a quimioterapia está sendo gradualmente substituída pela Terapia Alvo Molecular. “Isto significa que os novos fármacos têm mecanismos de ação mais precisos, direcionados especificamente para anular, regular ou potencializar algumas funções celulares que ficam alteradas com o câncer”, explica.
Embora as novas tecnologias ainda possuam um custo elevado, as inovações na área vêm se tornando mais acessíveis. “O tratamento de leucemias crônicas com o medicamento Gilvec, por exemplo, mudou expressivamente o curso da doença e os benefícios desse tratamento são inquestionáveis”, conta o Dr. Rigo. Segundo o especialista, inúmeros outros exemplos podem ser citados. “Os avanços na área de cirurgia, como os procedimentos minimamente invasivos, além dos exames de imagem, que permitem diagnósticos precoces, são fundamentais para tratamentos curativos, com menos sequelas ao paciente”, garante.
A colaboração do paciente também influencia muito nos tratamentos. Dialogar com os médicos, não acreditar em crendices populares, fazer exames de check up regularmente fazem toda a diferença, segundo o especialista.
No Hospital Santa Cruz, uma equipe multidisciplinar formada por profissionais da área de oncologia, psicologia, nutrição e fisioterapia contribui para tratamentos mais assertivos. “Procuramos sempre nos manter atualizados, com participação constante em congressos e cursos de aperfeiçoamento”, diz o médico. “O constante diálogo e a reavaliação contínua das nossas condutas favorece a excelência no tratamento do câncer”, finaliza.