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Antibióticos presentes em cremes e pomadas também podem causar resistência bacteriana
 
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08/06/2011

Antibióticos presentes em cremes e pomadas também podem causar resistência bacteriana

Tratamentos dermatológicos de uso tópico que contêm antibióticos devem ser usados de forma consciente

Apesar de não serem ingeridos, antibióticos presentes em tratamentos tópicos, como cremes e pomadas, também representam riscos de resistência bacteriana. No Brasil, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determina, desde novembro de 2010, a obrigatoriedade da retenção de uma via da receita médica para a compra de antibióticos, inclusive tópicos. O objetivo é limitar a venda e dificultar a automedicação, que facilita o desenvolvimento de resistência bacteriana. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo ainda são inadequadas.

Para o Dr. Adilson Costa, dermatologista e coordenador do Ambulatório de Acne e Cosmiatria da PUC-Campinas, mesmo com a retenção da receita, é necessário investir em fiscalização e educação junto ao público nos pontos de venda. “O tipo de relacionamento entre consumidores e farmácias pode criar facilitadores para a automedicação. Há ainda o risco de uso inadequado de medicamentos prescritos quando, após o término de um tratamento, o paciente guarda o que sobra, pensando em uma eventual necessidade futura, que, na maioria das vezes, ou é cumprida como sub-dose (somente com o que sobrou na embalagem) ou como indicação de uso errada”, explica.

Outro ponto apontado pelo dermatologista é o desconhecimento do público em relação à seriedade do uso consciente de antibióticos, que passa pela necessidade de uma indicação precisa e também pela dose e tempo de tratamento correto para cada doença. “A educação, obviamente, visa o indivíduo, mas, também, a coletividade, pois existe o risco de passagem de resistência bacteriana para pessoas que convivem com os pacientes já resistentes, mesmo quando estas pessoas nem sequer usaram o antibiótico em questão”, alerta o médico.

O uso de um mesmo antibiótico de forma inadequada para tratar doenças de grande prevalência, como a acne, também pode facilitar o desenvolvimento da resistência bacteriana. No Brasil, atualmente, 40%* dos medicamentos tópicos usados no tratamento da acne contêm antibióticos, mesmo com a existência de opções mais modernas e altamente toleráveis que são livres da substância. Para o Dr. Adilson Costa, na acne, que é uma doença crônica, o uso inadequado de antibióticos poderá causar sérios riscos à saúde do indivíduo.

Segundo o especialista, quando se pensa em acne, o risco de resistência antibiótica ao Propionibacterium acnes na pele é a preocupação maior. No entanto, para a saúde em geral, é muito sério o risco de surgimento de resistência em outros órgãos. “Em órgãos internos, a resistência pode levar ao insucesso terapêutico em uma determinada ocasião em que seja necessário utilizar antibióticos, predispondo, inclusive, à septicemia”, ressalta.

*Fonte: PMB - IMS Fev’11 - MAT2010

Dicas do especialista:

· Quando um médico indicar um creme ou pomada, pergunte se contém antibiótico. Se você tiver que usar o mesmo medicamento no futuro, é importante saber quanto tempo faz que usou pela última vez.

· Em tratamentos por longos períodos, pergunte ao seu médico se existem outras opções eficazes para tratar a doença sem usar antibióticos.

· Não incentive outras pessoas a usarem pomadas ou cremes que você já usou. Mesmo não sendo ingeridos, eles também são medicamentos e só devem ser usados quando prescritos por um médico.

Fonte: Dr. Adilson Costa, dermatologista e coordenador do Ambulatório de Acne e Cosmiatria da PUC-Campinas.

 


Autor: Imprensa
Fonte: The Jeffrey Group

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