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Ansiedade: Técnicas de respiração ajudam a controlar
 
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15/01/2012

Ansiedade: Técnicas de respiração ajudam a controlar

Prática de yoga tem sido utilizada de forma eficaz para controle do transtorno

Quando atravessamos a rua, o corpo fica em alerta, o coração bate mais forte. Estes são sintomas normais de autoproteção em momentos de perigo e estresse. Mas quando essa sensação vem acompanhada de outras como, boca seca, tremor, muita insônia, enxaqueca diária, é preciso atenção, pois estes são alguns dos sintomas do transtorno de ansiedade. “A ansiedade patológica se caracteriza se pela intensidade de prolongada duração à situação de risco”, explica a psicóloga Tatiana Andreia Rucinski. Segundo ela, a pessoa que sofre de ansiedade, não contribuir com o enfrentamento do problema que gera a ansiedade, mas, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. “Além de variáveis os sintomas mudam ao longo do tempo e oscilam permitindo que a pessoa se sinta completamente bem em algumas ocasiões e pior em outras”, comenta. De acordo com informações do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, 25% da população brasileira sofre de algum transtorno de ansiedade.

De acordo com *Silvia, 54 anos, que sofre de fortes crises de ansiedade, os sintomas são diversos. “Sinto um nervosismo sem motivos, além dos pensamentos de que alguém da minha família sofreria um acidente ou morreria”, comenta. Os sintomas vêm acompanhados de insônia e nervosismo. “Perco facilmente a paciência com as coisas.” Ela conta que faz uso de remédio receitado pelo médico de três a quatro meses. Depois para de tomar e consegue controlar o problema sem medicamento por um bom tempo. “Já cheguei a ficar uma no sem tomar”, conta. A dona de casa comenta que parou de fumar há 20 anos e que esse talvez seja um dos motivos para as crises de ansiedade. 

Segundo a psicóloga, a ansiedade de modo geral, é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos que podem acontecer e capacita a pessoa a tomar medidas para enfrentar ameaças. “O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida. A ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida”. Tatiana ressalta que a ansiedade é uma reação natural e necessária para a autopreservação. “Não é um estado normal, mas é uma reação normal, assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção”, diz.

CONTROLE

A especialista comenta que as reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais. “A ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado e do encontro da própria identidade e do significado da vida”, destaca.

Já o transtorno de ansiedade pode ser diminuído e controlado. “Na psicologia o destaque é para a terapia cognitivo-comportamental que trabalha com técnicas de relaxamento, respiração e mudança de pensamento para diminuir a ansiedade.” De acordo com Tatiana, existem ainda as técnicas alternativas que incluem atividades que auxiliam a pessoa a ter um maior controle emocional frente a situações adversas, como: meditações, caminhadas, atividades físicas. Outra forma de tratamento é o yoga. “A prática do yoga não é apenas de exercícios físico. É uma filosofia indiana com mais de cinco mil anos que tem como objetivo, a evolução espiritual e o desenvolvimento do controle da mente e das emoções”, explica a professora Daiane Peruci, formada em Educação Física, que trabalha com yoga há quatro anos. De acordo com ela, cerca de 30% dos alunos de yoga estão em tratamento medicamentoso por causa do excesso da ansiedade, síndrome do pânico, transtorno bipolar ou depressão. “A prática do yoga tem auxiliado com bons resultados.” Ela explica que durante as aulas são praticadas posturas que visam desenvolver a percepção corporal, flexibilidade, equilíbrio e resistência, exercícios respiratórios, exercícios de concentração, relaxamento, meditação e são estudados temas sobre alimentação adequada, hábitos saudáveis e como controlar estresse, ansiedade e depressão. “Desta forma, o yoga se torna um terapia eficaz em previnir e controlar a ansiedade, indicada por médicos e demais profissionais da saúde pois os benefícios estão comprovados cientificamente”, destaca.

MUDANÇA DE HABITOS

Para a arquiteta, Nara Konkol, 36 anos, que já praticava yoga quando recebeu o diagnóstico de ansiedade, a prática é fundamental. “Como toda doença, a ansiedade exige tratamento”, afirma. Segundo ela, seu tratamento inclui medicamentos, psicoterapia e yoga, todos acompanhados e incentivados por seu médico. “O yoga foi de principal importância no processo porque me dá condições de controlar a ansiedade de maneira consciente, usando minha mente, meu corpo e, principalmente, minha respiração”, relata. Por meio do yoga, Nara aprendeu que a mente precisa estar atenta às sensações do corpo e, o corpo precisa estar preparado para permitir uma respiração lenta e profunda, o que acalma os pensamentos e clarifica as idéias. “As posturas, os exercícios respiratórios e a meditação me deixam mais centrada, o que favorece o autoconhecimento, a disciplina e a determinação para enfrentar a ansiedade".

Além disso, de acordo com a professora Daiane, a prática do yoga auxilia no emagrecimento pela controle do apetite, melhora o sono, melhora a atenção e concentração nas atividades diárias, aumenta o auto controle durante as situações de estresse, diminui o estado de alerta, aumenta a capacidade respiratória. “Duas a três aulas por semana de yoga os sintomas da ansiedade são diminuidos. Porém as alunas recebem exercícios específicos para cada problema para praticar diariamente.” Daiane conta que houveram casos de alunas que conseguiram parar de fazer udo de medicamento para a ansiedade depois que começaram a praticar o yoga. “Mas não só com a prática das aulas e sim com a filosofia”, ressalta.

Segundo Daiane, para controlar o excesso de ansiedade primeiramente é preciso ter um corpo saudável, praticar atividades físicas diariamente e comer alimentos saudáveis. Praticar técnicas de respiração, relaxamento e meditação, também são importantes. “O tratamento medicamentoso é sem dúvida necessário e benéfico quando prescrito por um psiquiatra, mas remédios não fazem milagres, as pessoas precisam melhorar seu estilo de vida”, enfatiza.


Autor: Ellen Colombo
Fonte: Correio do Norte Online

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